De acordo com a rede p�blica de televis�o ARD e o jornal S�ddeutsche Zeitung, a Volkswagen foi intimada a comparecer no dia 14 de junho a um tribunal do trabalho em Bras�lia.
Questionado pela AFP, um porta-voz da Volkswagen garantiu que a empresa levou este caso "muito a s�rio" e os "poss�veis incidentes" que teriam ocorrido "e nos quais se baseiam as investiga��es das autoridades judiciais brasileiras".
Os fatos teriam ocorrido entre 1974 e 1986, quando vigorava a ditadura no Brasil (1964 a 1986). Os funcion�rios do grupo durante esse per�odo reivindicam indeniza��es h� v�rios anos, mas at� agora sem sucesso.
-- Tr�ficos de pessoas --
Segundo a m�dia alem�, as den�ncias examinadas pela justi�a brasileira alegam que a montadora utilizou "pr�ticas an�logas � escravid�o" e "tr�fico de pessoas" e acusam o grupo de ter sido c�mplice de "viola��es sistem�ticas de direitos humanos".
Na �poca, o projeto do grupo era construir um grande s�tio agr�cola nas margens do Amazonas para o com�rcio de carnes, a "Companhia Vale do Rio Cristalino".
Para isso, centenas de diaristas e trabalhadores tempor�rios foram contratados por meio de intermedi�rios para trabalhos de desmatamento em 70.000 hectares de terra.
Segundo a m�dia alem�, � prov�vel que a dire��o da empresa tenha consentido com essas contrata��es. A imprensa, que consultou mais de 2.000 p�ginas de depoimentos e relat�rios policiais, indica que os trabalhadores �s vezes eram maltratados por intermedi�rios e guardas armados.
Entre os documentos est�o depoimentos sobre maus tratos a trabalhadores que tentaram fugir e at� desaparecimentos suspeitos. A esposa de um trabalhador foi estuprada como puni��o, de acordo com a m�dia alem�.
Uma m�e ainda afirma que seu filho morreu como resultado do abuso.
A Volkswagen j� enfrentou a justi�a brasileira no passado pela �poca da ditadura.
Em 2020, o grupo concordou em pagar 36 milh�es de reais para indenizar fam�lias de ex-trabalhadores torturados ou mortos nesse per�odo.
Os ex-funcion�rios e suas fam�lias disseram que o servi�o de seguran�a da VW no Brasil colaborou com os militares para identificar poss�veis suspeitos, que foram detidos e torturados. Esta colabora��o foi confirmada por um relat�rio independente solicitado pela empresa em 2016.
BERLIM