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Estado de Minas NOVA YORK

Exposi��o em Nova York revisa legados de Dior e Balenciaga


31/05/2022 19:11

Um di�logo de mestres. Dois estilos que �s vezes se sobrep�em, duas vis�es sobre a cria��o de roupas que querem deixar para tr�s a devasta��o da guerra. O Museu do Instituto Tecnol�gico da Moda (MFIT) p�e para dialogar Dior e Balenciaga, cujas pe�as ainda influenciam muitos estilistas da atualidade.

A exposi��o "Dior e Balenciaga: os Reis da Costura e seus Legados" analisa o trabalho dos dois estilistas mais importantes da segunda metade do s�culo XX e sua influ�ncia na moda.

Embora Christian Dior (1905-1957) e Crist�bal Balenciaga (1895-1972) tivessem 42 anos quando lan�aram suas respectivas cole��es e tenham contribu�do para a recupera��o econ�mica e cultural da Fran�a, eles provavelmente mal interagiram entre si.

No entanto, os dois estilistas "falavam o mesmo idioma, viveram na mesma �poca e possu�am praticamente a mesma clientela", motivo pelo qual precisavam garantir "que estavam criando roupas que atrairiam esse grupo demogr�fico espec�fico e endinheirado na Fran�a e, principalmente, nos Estados Unidos, explicou � AFP Patricia Mears, curadora da exposi��o, que ficar� em cartaz de amanh� at� 6 de novembro no MFIT.

Eram tempos em que as pessoas estavam "famintas de beleza, luxo, e precisavam esquecer o trauma" da guerra, ressalta Patricia, que tamb�m � vice-diretora do museu desse renomado centro de forma��o em moda e design

- Justaposi��o -

Os dois estilistas, particularmente Dior, contribu�ram para apoiar a economia francesa: no come�o da d�cada de 1950, a ind�stria da moda representava mais de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) da Fran�a, e a maison Dior respondia por 55% das exporta��es do setor.

Ao longo das 60 pe�as em exposi��o, o museu explora e reavalia o trabalho dos dois mestres das agulhas e se aprofunda na forma e excel�ncia contidas na elabora��o de cada pe�a. "Meu objetivo n�o � apenas mostrar o trabalho desses dois estilistas, mas tamb�m fazer questionamentos: o qu�o diferentes e semelhantes eles s�o?", explica Patricia.

� primeira vista, � dif�cil distinguir quem � o criador de um vestido ou de um terninho, exibidos lado a lado, para destacar as semelhan�as e ensinar as diferen�as.

O trabalho de Dior focou na sensualidade feminina e no acabamento. N�o � � toa que ele trabalhava em estreita colabora��o com artes�os excepcionais, que transformaram seus desenhos em obras de arte, diz o museu. Da mesma forma, Dior modernizou as formas da Belle Epoque, um per�odo glorioso, do qual ele foi nost�lgico por toda a vida.

Balenciaga, nascido em um vila humilde de pescadores no Pa�s Basco, foi considerado por jornalistas de moda e colegas o maior costureiro do mundo. "Quando voc� come�a a treinar seus olhos, come�a a encontrar pistas sutis, como mais estrutura com Dior ou �s vezes mais fluidez no trabalho de Balenciaga", diz a curadora.

Para ilustrar o impacto dos dois mestres, cerca de um ter�o da exposi��o inclui desenhos de outros estilistas e dos sucessivos diretores de design das casas que eles fundaram.

A est�tica de Dior foi seguida e expandida por Yves Saint Laurent (1957-1960), Marc Bohan (1960-1989), John Galliano (1996-2011) e Maria Grazia Chiuri (desde 2016). Hubert de Givenchy n�o trabalhou para a Balenciaga, mas tanto ele quanto dois de seus diretores criativos - Nicolas Ghesqui�re (1997-2012) e Demna Gvesalia (desde 2015) - est�o entre os que mais absorveram e renovaram as ideias pioneiras do estilista.


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