A alta da Selic, anunciada ap�s uma reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), � a 11� seguida desde mar�o de 2021, quando a taxa se encontrava na m�nima hist�rica de 2%.
A magnitude do aumento coincidiu com a expectativa do mercado, segundo a mediana de uma pesquisa do jornal "Valor" divulgada ontem, que ouviu 90 consultorias e institui��es financeiras. Al�m disso, o aumento de 0,5 ponto percentual � o menor do ciclo de altas, ap�s tr�s movimentos de um ponto percentual, precedidos de tr�s saltos de 1,5 ponto percentual entre outubro e fevereiro.
Com a decis�o, a autoridade monet�ria deu continuidade � sua estrat�gia de conter os aumentos dos pre�os do varejo, que subiram 11,73% em 12 meses at� maio.
- Deteriora��o externa -
"O ambiente externo seguiu se deteriorando desde a �ltima reuni�o, em maio, marcado por revis�es negativas para o crescimento global prospectivo em um ambiente de press�es inflacion�rias", assinala o comunicado do Copom.
No n�vel local, "a infla��o ao consumidor continuou surpreendendo negativamente, tanto em componentes mais vol�teis quanto em itens associados � infla��o subjacente", indicou o comit�.
A infla��o ao consumidor brasileiro situou-se em 0,47% no m�s de maio, um recuo em rela��o ao 1,06% registrado em abril, segundo dados oficiais. Mas acumulou 4,78% nos primeiros cinco meses do ano, aproximando-se do teto da meta para este ano, que � de 5%.
O mercado prev� uma infla��o de 8,89% no fim de 2022, segundo o boletim Focus, do Banco Central. Os aumentos nos pre�os dos combust�veis e dos alimentos, impulsionados pelo conflito entre R�ssia e Ucr�nia, representaram um impacto adicional � infla��o ascendente da primeira economia latino-americana.
De olho em 2023, o Copom tenta que a infla��o coincida com a meta de 3,25% para esse per�odo. Mas as expectativas continuaram subindo at� 4,6% para o ano que vem, quando em maio passado eram de 4%, segundo a pesquisa do Valor.
Diante de uma infla��o que deixa o horizonte turvo, o Copom antecipou uma nova alta dos juros "de igual ou menor magnitude" na pr�xima reuni�o, em agosto.
Tanto o Banco Central quanto o mercado veem o fechamento do ciclo de ajuste monet�rio como pr�ximo, mas o Copom definir� os pr�ximos passos "com cautela adicional", dada "a crescente incerteza da atual conjuntura", assinalou.
BRAS�LIA