"Nesta segunda-feira come�a uma semana realmente hist�rica", afirmou Zelensky sobre a aguardada resposta da UE a respeito da concess�o do status de pa�s candidato � Ucr�nia.
Depois que a Ucr�nia recebeu a luz verde da Comiss�o Europeia na sexta-feira, os pa�ses da UE se reunir�o na quinta-feira e sexta-feira para decidir se Kiev pode entrar para a categoria de candidato, uma decis�o que deve ser tomada por unanimidade.
"Obviamente esperamos que a R�ssia intensifique os ataques esta semana", advertiu o presidente ucraniano, antes de afirmar que as tropas do pa�s se preparam para este cen�rio e est�o "prontas".
Zelensky disse que os russos "reagrupam suas for�as na dire��o de Kharkiv e da regi�o de Zaporizhzhia" e continuam bombardeando as infraestruturas de combust�veis.
Ele afirmou que o ex�rcito responder� aos ataques, ao mesmo tempo que admitiu "perdas significativas".
Serguei Gaiday, o governador de Lugansk, regi�o do leste do pa�s que foi alvo de intensos bombardeios nas �ltimas semanas, informou que "os russos tentaram um avan�o na �rea de Toshkivka e conseguiram parcialmente", mas destacou que a artilharia ucraniana funcionou e o conjunto do avan�o n�o teve �xito.
Toshkiva fica ao sul de Lysychansk, a cidade g�mea de Severodonetsk, que concentra a ofensiva na bacia de minera��o do Donbass (leste da Ucr�nia).
Em Lysychansk h� ind�cios de prepara��o para um combate nas ruas: os soldados instalaram arame farpado e a pol�cia deslocou os destro�os de ve�culos queimados para tentar impedir a passagem dos russos.
Gaiday negou no domingo a tomada da toda Severodonetsk pelos russos, mas admitiu que as tropas de Moscou "controlam a maior parte" da cidade.
O minist�rio russo da Defesa reivindicou o controle de Metiolkine, na periferia de Severodonetsk.
Severodonetsk � uma posi��o estrat�gica par ao rumo da batalha no Donbass, regi�o que � parcialmente controlada pelos separatistas pr�-R�ssia desde 2014.
Na frente sul, o ex�rcito ucraniano afirma que as for�as russas "n�o conseguem avan�ar no terreno" e apenas continuam com os bombardeios.
O minist�rio da Defesa da R�ssia informou que utilizou m�sseis de cruzeiro para atacar uma f�brica em Mykolaiv e destruiu "dez obuses de 155 mm e at� 20 ve�culos blindados fornecidos ao regime de Kiev pelo Ocidente nos �ltimos dez dias".
Mykolaiv � uma cidade portu�ria e industrial, onde moravam meio milh�o de pessoas antes da guerra. A localidade � alvo dos ataques russos porque fica na rota para Odessa, o principal porto da Ucr�nia.
- "Crime de guerra" -
Nesta segunda-feira, o chefe da diplomacia da Uni�o Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou que a R�ssia comete um "verdadeiro crime de guerra" ao bloquear a exporta��o de cereais e gr�os da Ucr�nia.
Contra a UE, a R�ssia utiliza seus hidrocarbonetos como arma e cortou o fluxo de g�s para v�rios pa�ses na semana passada.
Ao mesmo tempo, as importa��es de petr�leo russo para a China aumentaram 55% em maio, na compara��o com o mesmo per�odo no ano passado.
Em uma tentativa de reduzir a depend�ncia da R�ssia, pa�ses como a Alemanha apostam em solu��es menos ecol�gicas, incluindo centrais de carv�o
"� amargo, mas � indispens�vel reduzir o consumo de g�s", declarou o ministro da Economia, o ecologista Robert Habeck, apesar do governo de coaliz�o alem�o ter prometido abandonar o uso de carv�o at� 2030.
A �ustria tamb�m anunciou no domingo a reativa��o de uma usina de carv�o fechada em 2020. Antes da guerra, o governo de Viena pretendia interromper o uso desta fonte de energia e produzir eletricidade 100% de origem renov�vel at� o fim da d�cada.
ENI
KIEV