(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CARACAS

'A cortina se levanta': a rela��o Col�mbia-Venezuela ap�s o triunfo de Petro


21/06/2022 10:00

A esquerda chega ao poder na Col�mbia pela primeira vez e o presidente eleito Gustavo Petro afirmou que restabelecer� as rela��es com a Venezuela de Nicol�s Maduro ap�s tr�s anos de ruptura e graves acusa��es trocadas entre Caracas e Bogot�.

O que resultar� da iminente reativa��o das rela��es bilaterais ap�s a vit�ria eleitoral de Petro no domingo sobre Rodolfo Hern�ndez?

- Ideologia ou pragmatismo? -

Petro, que assume a presid�ncia em 7 de agosto, desperta temores entre muitos venezuelanos que o associam ao chavismo, embora o ex-guerrilheiro tenha mantido dist�ncia com o governo de Maduro durante a campanha eleitoral, chegando a classific�-lo como "ditadura".

A Venezuela, que acusou frequentemente o atual presidente da Col�mbia, Iv�n Duque, de planos de golpe de Estado e at� de assassinato contra Maduro, felicitou em um comunicado a vit�ria do l�der de esquerda e expressou "a mais firme vontade de trabalhar na constru��o de uma renovada etapa de rela��es integrais".

Caracas rompeu rela��es com Bogot� em 2019 depois que Duque reconheceu como presidente encarregado da Venezuela o l�der opositor Juan Guaid�, que agora est� em um limbo. Foi o pior momento entre esses pa�ses vizinhos, que compartilham uma fronteira porosa de mais de 2.200 quil�metros e tiveram altos e baixos, especialmente nos �ltimos 20 anos com a entrada em cena de Hugo Ch�vez e �lvaro Uribe.

N�o h� consulados ou voos diretos e a fronteira permaneceu fechada entre 2019 e outubro de 2021, o que colapsou o com�rcio bilateral.

"As rela��es diplom�ticas n�o podem depender ou se concentrar no simples clientelismo ideol�gico", disse � AFP o historiador �ngel Lombardi, professor da Universidade de Zulia (LUZ), regi�o fronteiri�a com a Col�mbia.

"Se prevalecer o bom senso, eles ter�o uma rela��o baseada no pragmatismo e no interesse comum."

"Novos tempos est�o no horizonte", comemorou Maduro no Twitter.

"Muda radicalmente a rela��o com a Venezuela com o simples fato de que a oligarquia deixa de governar" na Col�mbia, disse Diosdado Cabello, n�mero dois do chavismo, em entrevista coletiva na segunda-feira.

- Migra��o, assunto-chave -

Migra��o, seguran�a fronteiri�a e com�rcio s�o pontos destacados na agenda.

O tema migrat�rio � crucial, quando milhares de pessoas cruzam diariamente a linha lim�trofe.

A Col�mbia acolhe dois milh�es dos seis milh�es de venezuelanos que migraram devido � crise de seu pa�s, que Duque regularizou para que possam trabalhar e acessar os servi�os p�blicos.

"A popula��o migrante, hoje principalmente venezuelana, receber� um tratamento digno e respeitoso nos direitos humanos", prometeu Petro em seu plano de governo.

A normaliza��o das rela��es, por outro lado, impulsionaria o interc�mbio comercial, que estava pr�ximo de 7,2 bilh�es de d�lares em 2008, mas entrou em colapso com o fechamento parcial da fronteira em 2015 e total em 2019.

A C�mara Colombo-Venezuelana administra proje��es de 800 milh�es a 1,2 bilh�o de d�lares em 2022, depois que no ano passado o valor era de cerca de 400 milh�es de d�lares.

"Uma nova cortina se levanta", disse � AFP Wladimir Tovar, l�der da associa��o patronal venezuelana Fedecamaras, no estado fronteiri�o de T�chira. "Com a Col�mbia sempre houve uma rela��o pr�xima", acrescentou.

No entanto, a regi�o � palco de confrontos entre grupos armados e for�as p�blicas, em meio a den�ncias de Bogot� de que Maduro abriga dissidentes das Farc, guerrilheiros do ELN e narcotraficantes. O presidente socialista nega e acusa Duque de enviar paramilitares para desestabilizar a Venezuela.

- Virada pol�tica -

Duque liderava na regi�o a press�o diplom�tica para retirar Maduro do poder, causa que vem perdendo adeptos. O resultado eleitoral de domingo se une ao retorno da esquerda � Argentina e muito provavelmente ao Brasil nos pr�ximos meses.

A situa��o deixa Guaid� em m� posi��o, cada vez mais enfraquecido, embora mantenha o apoio de Washington.

A Col�mbia foi um dos principais destinos de aliados de Guaid� que se exilaram por de processos criminais ou investiga��es na Venezuela, como seu antigo "ministro das Rela��es Exteriores", Julio Borges.

No entanto, Jes�s Esparza Bracho, professor de direito da Universidade Rafael Urdaneta de Maracaibo (Zulia, oeste), diz que o fato de Maduro e Petro serem de esquerda n�o implica uma alian�a autom�tica.

"Maduro est� mais alinhado com regimes menos democr�ticos e essa n�o � necessariamente a linha de Petro", comentou o especialista, que acha que o pr�ximo governante colombiano pode ser um "catalisador" no processo de negocia��es pol�ticas entre Maduro e a oposi��o, paralisada desde o �ltimo outubro.

"A instabilidade na Venezuela � uma amea�a para Petro, como a instabilidade colombiana foi para a Venezuela por muitos anos", acrescentou.

Twitter


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)