"Como explicar que em 28 anos n�o foi poss�vel prender sequer um dos muitos respons�veis por tamanha atrocidade?", afirmou o principal orador do ato, o presidente da Associa��o Mutual Israelita Argentina (AMIA), Amos Linetzky.
A Justi�a argentina determinou que os principais suspeitos do ataque foram os governantes iranianos na �poca, entre eles, o ex-presidente iraniano Ali Rafsanjani. O ataque tamb�m deixou cerca de 300 feridos.
"Os canalhas, miser�veis e assassinos seguem desfrutando de sua vida di�ria, passeando pelo mundo com total liberdade", lamentou Linetzky.
A cerim�nia foi realizada presencialmente pela primeira vez desde o in�cio da pandemia de covid-19.
A sirene de homenagem soou �s 09h53 locais, hora exata da explos�o que derrubou o pr�dio de oito andares no bairro de Once, tradicional da numerosa comunidade judia de Buenos Aires.
Todos os anos a Argentina pede � Assembleia Geral das Na��es Unidas que Teer� aceite que os acusados possam ser interrogados por ju�zes argentinos. A Interpol acionou alertas vermelhos de captura sobre os iranianos.
Linetzky sustentou que a atua��o judicial "� ineficiente, lenta e in�til". Durante a cerim�nia, decorada com velas e flores, uma locutora leu os nomes das 85 v�timas fatais.
N�o h� detidos relacionados ao caso e tamb�m n�o foram esclarecidos os motivos do atentado.
Em 1992, outro ataque terrorista destruiu a embaixada de Israel em Buenos Aires, deixando 29 mortos e 200 feridos. Tamb�m permanece impune.
Um julgamento sobre o atentado � AMIA terminou em 2019 com penas leves para funcion�rios judiciais e do governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), declarados culpados de "encobrir" o atentado, mas sem determinar a raz�o do ocultamento de provas e o desvio das investiga��es.
Com cerca de 300 mil pessoas, a comunidade judaica da Argentina � a mais numerosa da Am�rica Latina.
BUENOS AIRES