Minist�rio P�blico Federal su��o planeja apelar ap�s absolvi��o de Blatter e Platini

O Minist�rio P�blico Federal su��o expressou sua inten��o de apelar da absolvi��o de Sepp Blatter e Michel Platini, anunciada em 8 de julho pelo Tribunal Penal Federal de Bellinzona, ap�s uma acusa��o de fraude.

O Minist�rio P�blico da Confedera��o (MPC) confirmou � AFP por e-mail que havia manifestado na sexta-feira, 15 de julho, sua inten��o de contestar a absolvi��o da lenda do futebol franc�s, que dirigia a Uefa antes do caso de que foi acusado, e daquele que foi durante muito tempo o emblem�tico presidente da FIFA.

"Esta n�o � uma decis�o preliminar. A Promotoria Federal se basear� nas motiva��es escritas da decis�o do tribunal para decidir o caminho a seguir", afirma o e-mail, especificando que n�o fornecer� informa��es adicionais por enquanto.

A motiva��o por escrito da decis�o do Tribunal Penal Federal podem levar algum tempo.

O franc�s de 67 anos e o su��o de 86 anos comparecerem em junho ao tribunal ap�s um controverso pagamento de 2 milh�es de francos su��os (US$ 2,04 milh�es) pagos pela FIFA a Michel Platini.

Defesa e acusa��o concordaram em um ponto: o tr�s vezes Bola de Ouro prestou assessoria a Sepp Blatter entre 1998 e 2002, durante o primeiro mandato deste �ltimo � frente da FIFA, e em 1999 os dois homens assinaram um contrato que previa uma remunera��o de 300.000 francos su��os (US$ 307.000), integralmente pagos pela FIFA.

Mas em janeiro de 2011, o ex-meio-campista franc�s, que se tornou presidente da Uefa (2007-2015) "reclamou uma d�vida de 2 milh�es de francos su��os", descrita como uma "fatura falsa" pela Promotoria.

Em sua defesa, os dois dirigentes insistiram que haviam acordado um sal�rio anual de um milh�o de francos su��os, com um "acordo de cavalheiros" oral e sem testemunhas, sem que as finan�as da FIFA permitissem o pagamento imediato a Platini.

O tribunal considerou que a fraude "n�o ficou estabelecida com uma verossimilhan�a para confiar na certeza", aplicando assim o princ�pio do Direito que prev� o benef�cio da d�vida em favor do r�u.

O ex-capit�o dos Bleus havia estimado, ao deixar o tribunal no dia 8 de julho, ter "vencido a primeira partida" e voltou a mencionar uma manipula��o pol�tico-judicial que pretendia afast�-lo do poder: "Neste caso h� culpados que n�o compareceram ao processo. Que contem comigo, nos veremos novamente".

Michel Platini suspeita em particular de um papel oculto de Gianni Infantino, seu ex-bra�o direito na Uefa, eleito em 2016 como presidente da Fifa, e objeto desde 2020 de um processo distinto por tr�s reuni�es secretas com o ex-presidente do Minist�rio P�blico su��o.