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Estado de Minas GUERRA NA UCR�NIA

Ataque russo ao porto ucraniano de Odessa pode prejudicar acordo de cereais

Segundo porta-voz militar da Ucr�nia, Yuriy Ignat, 'porto de Odessa foi atacado quando cargas de cereais estavam sendo processadas'


23/07/2022 19:07 - atualizado 23/07/2022 21:55

Bombardeio em Odessa, na Ucrânia
Ucr�nia acusa R�ssia de bombardear Odessa (foto: Oleksandr GIMANOV / AFP)

A Ucr�nia acusou a R�ssia neste s�bado (23) de lan�ar m�sseis contra o porto estrat�gico de Odessa e de "quebrar suas promessas", um dia depois de Moscou e Kiev selarem um acordo h� muito esperado para retomar as exporta��es de gr�os, bloqueadas pela guerra.

"O porto de Odessa foi atacado especificamente quando cargas de cereais estavam sendo processadas. Dois m�sseis atingiram as infraestruturas do porto, onde obviamente h� cereais. Eles atacaram um territ�rio onde h� gr�os", afirmou � AFP o porta-voz militar Yuriy Ignat, acrescentando que outros dois m�sseis foram interceptados.

"Isso prova que n�o importa o que a R�ssia diga ou prometa, sempre vai encontrar uma maneira de n�o cumprir os acordos", reagiu o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em uma reuni�o com legisladores americanos, segundo um comunicado.

A R�ssia n�o se pronunciou oficialmente sobre esta acusa��o, mas segundo o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, nega ter atacado o porto, um dos designados para a exporta��o de cereais.

O bombardeio ocorreu menos de 24 horas depois que os dois pa�ses assinaram um acordo hist�rico, separadamente com a Turquia e a ONU, em busca de aliviar a crise alimentar mundial.

Rea��es n�o demoraram a chegar


Ao disparar m�sseis no porto, o presidente russo, Vladimir Putin, "cuspiu na cara do secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres, e do presidente turco, Recep (Tayyip) Erdogan, que fizeram enormes esfor�os para chegar a esse acordo", disse o porta-voz do Minist�rio das Rela��es Exteriores, Oleg Nikolenko.

O funcion�rio ucraniano tamb�m assegurou que a R�ssia deve assumir "toda a responsabilidade" se o acordo falhar e "a crise alimentar mundial" se aprofundar.

Guterres condenou "inequivocamente" o ataque e enfatizou que "a implementa��o completa (do acordo) pela Federa��o Russa, Ucr�nia e Turquia � imperativa".

Na mesma linha, o chefe da diplomacia da Uni�o Europeia, Josep Borrell, afirmou que o ataque "demonstra o total desrespeito da R�ssia pelas leis e compromissos internacionais", enquanto a chanceler brit�nica, Liz Truss, o classificou como "completamente injustificado".

"Este ataque lan�a s�rias d�vidas sobre a credibilidade do compromisso da R�ssia com o acordo de ontem", afirmou o secret�rio de Estado dos EUA, Antony Blinken, em comunicado.

De acordo com o governador regional, Maksym Marchenko, os ataques deixaram "v�rias pessoas feridas", sem dar mais detalhes.

20 milh�es de toneladas de trigo


O pacto assinado em Istambul � o primeiro grande acordo entre as partes em conflito desde o in�cio da invas�o russa em 24 de fevereiro e busca ajudar a amenizar a fome que, segundo a ONU, afeta 47 milh�es de pessoas a mais devido � guerra.

A Ucr�nia se recusou a assinar diretamente o mesmo documento com a R�ssia, ent�o ambos os pa�ses assinaram acordos id�nticos separados com a Turquia e a ONU, na presen�a de Guterres e Erdogan, no Pal�cio Dolmabahce de Istambul.

Grãos
Presidente da Ucr�nia estima o valor dos estoques de gr�os em cerca de US$ 10 bilh�es (foto: Oleksandr GIMANOV / AFP)


"Hoje h� um farol no Mar Negro, um farol de esperan�a, um farol de al�vio", disse Guterres pouco antes da assinatura. Erdogan, pe�a-chave na negocia��o, disse esperar que o acordo "reviva o caminho para a paz".

Antes de assinar, a Ucr�nia alertou que daria "uma resposta militar imediata" se a R�ssia violasse o pacto e atacasse seus navios ou invadisse seus portos.

Zelensky afirmou que a ONU deve garantir o cumprimento do acordo, que inclui o tr�nsito de navios com cereais ucranianos por corredores seguros para evitar minas no Mar Negro.

At� 20 milh�es de toneladas de trigo e outros gr�os est�o bloqueados nos portos ucranianos, especialmente Odessa, por navios de guerra russos e minas colocadas por Kiev para evitar um ataque anf�bio.

Zelensky estima o valor dos estoques de gr�os da Ucr�nia em cerca de US$ 10 bilh�es.

Ataque no centro da Ucr�nia


No terreno, a R�ssia tenta assumir o controle total da prov�ncia de Donetsk e da vizinha Luhansk. Ambas as regi�es comp�em a regi�o do Donbass, no leste da Ucr�nia, que viveu mais um dia de bombardeios pesados.

Dois americanos morreram nesta regi�o, controlada parcialmente por separatistas pr�-russos desde 2014, disse neste s�bado � AFP o Departamento de Estado dos Estados Unidos, sem especificar se eram combatentes.

Na regi�o central da Ucr�nia, pelo menos tr�s pessoas, incluindo um militar, foram mortas e outras 16 ficaram feridas neste s�bado durante um ataque de m�sseis russos � infraestrutura ferrovi�ria e a um aer�dromo militar em Kirovograd, segundo o governador da regi�o, Andriy Raikovych.

A R�ssia tamb�m continua bombardeando Kharkov, a segunda maior cidade ucraniana, localizada no nordeste. Os ataques deixaram pelo menos uma mulher ferida neste s�bado, segundo a presid�ncia.

Um homem morreu na regi�o de Sumy, a noroeste da capital. Outros dois, incluindo um adolescente, ficaram feridos em ataques em Mikolaiv, a maior cidade sob controle ucraniano perto de Kherson, ocupada pelos russos.


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