Na localidade de Butembo (leste), "foram registrados tr�s mortos entre os integrantes da Monusco (miss�o da ONU), dois indianos e um marroquino, e um ferido" e, do "lado dos manifestantes, sete mortos e v�rios feridos", informou � AFP o coronel Paul Ngoma.
Horas antes, o porta-voz do governo congol�s, Patrick Muyaya, havia relatado "pelo menos cinco mortes" entre os manifestantes em Goma, a capital da prov�ncia.
Muyaya havia prometido retornar, em entrevista coletiva conjunta com o vice-chefe da miss�o da ONU, para informar sobre o "custo humano e material, bem como as consequ�ncias que podem ser extra�das" dessas manifesta��es.
Ao longo da manh�, a situa��o parecia tensa em Butembo, um importante polo econ�mico regional onde as atividades comerciais estavam paralisadas.
"Entre esses jovens h� armas", lamentou o agente Ngoma.
Em frente a uma base da Monusco, os manifestantes foram dispersados pelas for�as de seguran�a, segundo testemunhas.
Em Goma, um correspondente da AFP noticiou a morte de um manifestante, atingido na cabe�a por uma bala que teria sido disparada, por volta das 6h locais, de dentro da base log�stica da Monusco.
Mais tarde, uma ambul�ncia do Ex�rcito congol�s recolheu o corpo, segundo o jornalista.
No in�cio da manh�, centenas de manifestantes invadiram os arredores do complexo da Monusco em Goma e atacaram o acampamento de tr�nsito da miss�o da organiza��o internacional localizado perto do centro da cidade.
"N�o queremos mais a Monusco", ou "bye bye Monusco", diziam as faixas empunhadas por aqueles reunidos para protestar contra a miss�o da ONU na Rep�blica Democr�tica do Congo.
As for�as de seguran�a congolesas tentaram conter a multid�o perto da base log�stica.
Ontem, os manifestantes entraram no quartel-general da Monusco, quebrando janelas e paredes, e roubando computadores, m�veis e objetos de valor, constatou um jornalista da AFP.
Os agentes da Monusco foram retirados em dois helic�pteros.
Durante um com�cio em 15 de julho em Goma, o presidente do Senado, Modeste Bahati, pediu � Monusco que "fizesse as malas", ap�s 22 anos de uma presen�a que n�o conseguiu levar a paz para o leste da Rep�blica Democr�tica do Congo.
Os protestos s�o promovidos por organiza��es da sociedade civil e pelo partido do presidente, F�lix Tshisekedi, a Uni�o pela Democracia e o Progresso Social (UDPS, na sigla em franc�s).
Presente na RD do Congo desde 1999, a Monusco � considerada uma das miss�es mais importantes e caras da ONU, com 14.100 soldados e um or�amento anual de US$ 1 bilh�o.
BENI