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Estado de Minas WASHINGTON

Morte de al-Zawahiri fortalece Biden no anivers�rio da retirada do Afeganist�o


02/08/2022 17:12

O presidente Joe Biden, que ainda se recupera da covid-19 e encontra-se em situa��o complicada nas pesquisas, fortaleceu sua imagem ao anunciar a morte do l�der da Al-Qaeda em uma opera��o americana em Cabul, quase um ano ap�s a ca�tica retirada das for�as americanas do Afeganist�o.

"Quando encerrei nossa miss�o militar no Afeganist�o h� quase um ano, tomei a decis�o de que, ap�s 20 anos de guerra, os Estados Unidos j� n�o precisavam mais de milhares de soldados no terreno", disse Biden na segunda-feira � noite, ao anunciar a morte de Ayman al-Zawahiri.

"Prometi ao povo americano que continuar�amos realizando opera��es antiterroristas eficazes. � exatamente o que fizemos", completou.

Anunciar a morte de l�deres jihadistas tornou-se um ritual, �s vezes sombrio e altamente pol�tico, para os presidentes americanos desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

Quando Barack Obama revelou em 2011 a opera��o para matar Osama bin Laden no Paquist�o, a popula��o americana foi �s ruas para gritar "USA! USA!".

Donald Trump adotou uma estrat�gia diferente em 2019 para informar sobre uma opera��o para matar o l�der do grupo Estado Isl�mico (EI) Abu Bakr al-Baghdadi na S�ria, com o objetivo de fortalecer sua imagem de l�der dur�o. "Morreu como um cachorro", declarou.

Para Biden, o cen�rio estava desfavor�vel. Isolado na Casa Branca com covid-19, em queda nas pesquisas e de cara para o anivers�rio da ca�tica retirada das tropas americanas de Cabul, em agosto de 2021, o democrata encontrava-se em uma posi��o de fraqueza.

Para respeitar as medidas de ventila��o da covid-19, Biden fez seu discurso da varanda do Sal�o Azul. Enquanto falava, era poss�vel ouvir as sirenes da pol�cia ao fundo.

No entanto, o an�ncio veio em um bom momento para um presidente que busca mudar a narrativa.

Evitando o triunfalismo, Biden observou que al-Zawahiri estava na lista dos mais procurados "durante anos sob as presid�ncias de (George W.) Bush, Obama e Trump".

O objetivo de mostrar que o pa�s est� a salvo sob o olhar de Biden era claro.

"N�o importa quanto demore, n�o importa onde se esconda, se algu�m � uma amea�a para nossa popula��o, os Estados Unidos o encontrar�o", declarou Biden.

- Estrat�gia -

Vozes cr�ticas, tanto da direita como da esquerda, afirmaram no ano passado que a retirada americana de Cabul era uma mostra de incompet�ncia e um espet�culo humilhante que transformaria o Afeganist�o em um viveiro de grupos isl�micos com animosidade contra os Estados Unidos, como acontecia na �poca do 11 de setembro.

Biden respondeu afirmando que teve a coragem de acabar com uma guerra falida de tr�s presidentes e que n�o havia maneira de termin�-la de outra maneira.

Garantiu tamb�m que n�o havia necessidade de arriscar mais vidas americanas no terreno.

Agora, com a morte de al-Zawahiri, Biden tem uma oportunidade de ouro para dizer que tomou a decis�o certa.

O Afeganist�o "n�o pode ser uma plataforma de lan�amento contra os Estados Unidos", disse Biden em seu discurso.

- Inconvenientes -

O presidente recebeu elogios, alguns deles inesperados, como da emissora Fox News, que o classificou de "momento Bin Laden do presidente Biden" e "uma grande, grande vit�ria para os Estados Unidos."

No entanto, alguns especialistas alertaram para uma vers�o positivista da Casa Branca.

James Jeffrey, ex-embaixador dos Estados Unidos no Iraque e atual presidente do Programa do Oriente M�dio do grupo de pesquisa Wilson Center, aplaudiu a opera��o de "intelig�ncia excelente, capacidade de ataque operacional e decis�o."

No entanto, considerou que isso n�o compensa o "caos" da retirada das tropas americanas do Afeganist�o do ano passado, que Jeffrey atribuiu a m� coordena��o e � "incapacidade" da equipe de Biden, que recusou-se a aceitar que poderia haver problemas para deixar o pa�s.

Nathan Sales, outro ex-diplomata que trabalha no grupo de pesquisa Atlantic Council, disse que a mera presen�a de al-Zawahiri em Cabul foi um fracasso para Washington, sugerindo que, "como se temia, o Talib� est� mais uma vez dando ref�gio aos l�deres da Al-Qaeda."

E � muito cedo para dizer se um ataque de drone espetacular "pode ser replicado contra outros alvos terroristas", insistiu.


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