Israel aceita tr�gua em Gaza proposta pelo Egito, que aguarda resposta palestina

Israel aceitou neste domingo uma tr�gua proposta pelo Egito na Faixa de Gaza, onde enfrenta o grupo armado Jihad Isl�mica, que ainda negocia um cessar-fogo ap�s tr�s dias de ataques que deixaram pelo menos 31 palestinos mortos, incluindo crian�as.

"O lado israelense aceitou e ainda aguardamos a resposta palestina", disse uma fonte eg�pcia � AFP no Cairo.

As negocia��es representam um raio de esperan�a para um acordo que acabe com a escalada de viol�ncia mais grave em Gaza desde a guerra de 11 dias em maio de 2021.

Israel bombardeia desde sexta-feira posi��es da Jihad Isl�mica em Gaza, um territ�rio de 362 quil�metros quadrados onde vivem 2,3 milh�es de pessoas e que est� sob bloqueio israelense h� mais de 15 anos.

Em resposta, o grupo armado, apoiado pelo Ir� e inclu�do na lista de organiza��es terroristas dos Estados Unidos e da Uni�o Europeia, disparou centenas de foguetes contra Israel.

O presidente eg�pcio, Abdel Fatah al Sisi, disse que os mediadores conversavam com as partes "24 horas por dia" para acabar com a viol�ncia.

Uma fonte da Jihad Isl�mica citou discuss�es de "alto n�vel" para uma tr�gua, mas alertou que a "resist�ncia n�o acabar� se a agress�o e os crimes da ocupa��o (israelense) n�o forem interrompidos".

Neste domingo, o grupo lan�ou foguetes em dire��o a Jerusal�m pela primeira vez desde o in�cio da escalada da viol�ncia, mas os proj�teis foram derrubados pelo ex�rcito.

Israel anunciou que neutralizou toda a "alta c�pula da ala militar da Jihad Isl�mica em Gaza".

A rela��o inclui Taysir al Jabari 'Abu Mahmud', um dos principais l�deres do grupo armado, morto na sexta-feira em Gaza, e Khaled Mansour, um alto comandante que faleceu em um ataque em Rafah.

- "Feridos a cada minuto" -

O minist�rio da Sa�de de Gaza anunciou que os confrontos mataram pelo menos 31 palestinos, incluindo seis crian�as, e deixaram 275 feridos.

"A situa��o � muito ruim", declarou � AFP Mohamed Abu Salmiya, diretor do hospital Shifa de Gaza. "Chegam feridos a cada minuto".

As autoridades israelenses rebatem a acusa��o e afirmam que v�rias crian�as palestinas morreram no s�bado � noite em Jabalia (norte de Gaza) v�timas de um lan�amento frustrado de foguetes em dire��o a Israel, e n�o como parte da ofensiva de seu ex�rcito.

N�o � poss�vel saber quantas crian�as faleceram nesta localidade, mas um fot�grafo da AFP observou seis corpos no hospital local, incluindo tr�s menores de idade.

O ex�rcito israelense anunciou que atacou 139 posi��es da Jihad Isl�mica. Tamb�m informou que os militantes lan�aram mais de 600 foguetes e morteiros, mas pelo menos 100 proj�teis ca�ram no territ�rio palestino.

Centenas de israelenses celebravam neste domingo em Jerusal�m um feriado judaico, com a visita de nacionalistas � Esplanada das Mesquitas, conhecida entre os judeus como "Monte do Templo".

Esta parte da cidade fica em Jerusal�m Oriental, setor ocupado e anexado por Israel, fonte de tens�es e, algumas vezes, confrontos violentos entre as for�as israelenses e os palestinos

Um fot�grafo da AFP que cobria a visita de um deputado de extrema-direita � Esplanada foi detido por alguns minutos pelas for�as israelenses.

- Deten��es -

Israel alega que seus ataques come�aram de forma "preventiva" diante de poss�veis repres�lias ap�s a deten��o de um l�der da Jihad Isl�mica na Cisjord�nia no in�cio da semana.

Neste domingo, o ex�rcito israelense anunciou a deten��o de 20 membros da Jihad Isl�mica na Cisjord�nia ocupada. Outros 20 militantes da organiza��o foram detidos no s�bado.

O Hamas, movimento islamita que governa Gaza desde 2007, fez um alerta em um comunicado contra as "incurs�es" israelenses que poderiam levar a uma situa��o "fora de controle".

O Hamas, que j� travou diversas guerras contra Israel, permanece � margem do atual conflito.

A vida di�ria em Gaza foi paralisada e a �nica central de energia el�trica do territ�rio teve que interromper as atividades no s�bado por falta de combust�vel, provocada pelo bloqueio das entradas no enclave por parte de Israel desde ter�a-feira.

O Escrit�rio das Na��es Unidas para a Coordena��o de Assuntos Humanit�rios (OCHA) alertou para o "grave risco" que do conflito representa para a "continuidade dos servi�os b�sicos essenciais".

No sul e centro de Israel os civis foram obrigados a procurar abrigos antia�reos.

Ao menos duas pessoas foram hospitalizadas com ferimentos de estilha�os e 13 ficaram levemente feridas quando tentavam chegar a abrigos, informou o servi�o de emerg�ncia Magen David Adom.