Steinmetz, que responde ao processo em liberdade, compareceu hoje para impugnar sua condena��o ditada em janeiro de 2021 pelo tribunal penal de Genebra.
Na �poca, foi condenado a cinco anos de pris�o e a uma indeniza��o de 50 milh�es de francos su��os (52 milh�es de d�lares) por "corrup��o de funcion�rios p�blicos" na Guin�.
Desde ent�o, Steinmetz, de 66 anos, que sempre disse ser inocente no primeiro julgamento, reorganizou sua equipe jur�dica.
"Esperamos que o tribunal reconhe�a que Beny Steinmetz n�o subornou ningu�m", disse � AFP seu advogado Daniel Kinzer, antes do in�cio do julgamento.
O primeiro processo foi a conclus�o de uma longa investiga��o internacional iniciada em 2013 sobre as licen�as de minera��o concedidas na Guin� ao Beny Steinmetz Group Resources (BSGR), um grupo de empresas nas quais Steinmetz tinha o t�tulo de assessor.
Segundo o bilion�rio e seus advogados, o BSGR obteve legalmente os direitos de minera��o.
Contudo, o Minist�rio P�blico da Su��a o acusa de ter estabelecido um acordo financeiro, atrav�s de empresas fict�cias, para pagar cerca de US$ 10 milh�es em propina a Mamadie Tour� - a quarta esposa do ex-presidente da Guin�, Lansana Cont� - para que o BSGR obtivesse os direitos de minera��o na Guin�.
Steinmetz chegou a ser processado pela mineradora Vale, que adquiriu 51% do BSGR, na C�mara Nacional de Arbitragem de Londres.
A empresa brasileira exigia uma indeniza��o bilion�ria dele e de outras cinco pessoas ligadas ao grupo, acusados de conseguir contratos em uma mina na Guin� mediante pagamento de propina.
Um ano depois de a Vale adquirir 51% do grupo, o presidente eleito da Guin�, Alpha Cond�, revisou todas as concess�es de explora��o de min�rios de governos anteriores, encontrando ind�cios de suborno na concess�o a Steinmetz, o que levou � cassa��o da concess�o da mina.
Em fevereiro deste ano, no entanto, a Vale desistiu da a��o contra o bilion�rio israelense, depois que sua defesa indicou que havia elementos no depoimento de duas testemunhas apresentadas pela Vale que colocavam em xeque a argumenta��o da mineradora, que alegava n�o saber que o empres�rio tinha conseguido a concess�o da mina atrav�s de corrup��o.
VALE
GENEBRA