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Estado de Minas VENEZA

Filme sobre revoltas na Fran�a causa impacto na Mostra de Veneza


02/09/2022 15:42

Com um filme pol�tico e ao mesmo tempo espetacular, o cineasta franc�s Romain Gavras disputa o Le�o de Ouro de Veneza com "Athena", longa exibido nesta sexta-feira (2) sobre a revolta dos jovens das periferias de Paris, narrado como uma trag�dia grega.

Com o tom e a for�a de seu pai - o lend�rio cineasta pol�tico grego Costa-Gavras -, Romain Gavras, de 41 anos, descreve, em um ritmo intenso, a espiral de viol�ncia incontrol�vel provocada nestes bairros marcados pela marginalidade, a emigra��o, o racismo e o conflito social.

O destino de tr�s irm�os se encontra ap�s a morte do ca�ula, aparentemente v�tima de abusos da pol�cia, em uma esp�cie de trag�dia moderna, dominada pelos sentimentos de �dio, horror e tamb�m compaix�o.

Em uma cidade prestes a explodir, com centenas de jovens negros e magrebinos dos 'banlieues' (sub�rbios) em p� de guerra, Abdel (Dali Benssalah), integrante do ex�rcito, tenta acalmar as pessoas e apelar � justi�a, enquanto o mais velho, Moktar (Ouassini Embarek), traficante de drogas, tenta salvar seu neg�cio e o mais jovem, Karim (Sami Slimane), lidera a revolta como um Spartacus moderno de cabelos longos.

"A ideia n�o � mostrar os mocinhos e os bandidos. Ao contr�rio, � mostrar que o assunto � mais complexo do que parece", explicou o cineasta � AFP.

O filme, rodado nos sub�rbios de Paris, n�o quer tomar partido e foi feito como se fosse uma guerra.

Algumas sequ�ncias s�o not�veis, como a defesa do bairro-castelo, o ataque da pol�cia, o desalojamento de moradores e o enfrentamento entre irm�os.

Al�m da viol�ncia crua, Gavras aborda um argumento explosivo, que gera pol�mica, ao denunciar n�o s� os abusos da pol�cia, mas tamb�m a infiltra��o da extrema direita e pede que, de alguma forma, se encontre uma solu��o abrangente.

"Athena" � o s�mbolo de uma Fran�a dividida, racista, � beira da guerra civil, incapaz de conviver com suas contradi��es.

"A ambi��o do filme � mostrar que h� for�as na sombra que querem a guerra. Hoje, a extrema direita � a for�a que mais instiga", assegurou o diretor durante coletiva de imprensa.

"S�o imagens, n�o tenho uma solu��o, n�o sou um pol�tico", explica Gavras, que compete com seu terceiro longa-metragem.

Conhecido por seus videoclipes, o diretor faz parte de um coletivo informal de cineastas que trabalha desde 1990 nestes bairros populares.


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