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Estado de Minas LONDRES

O peso simb�lico das viagens de Elizabeth II


08/09/2022 15:45

O peso simb�lico de Elizabeth II, chefe de Estado, primeira representante e garantidora da unidade do seu reino, que faleceu nesta quinta-feira (8), muitas vezes se revelou em suas viagens oficiais.

- 1964: vaiada em Quebec -

As viagens de Elizabeth II ao Canad� foram muitas vezes marcadas pela febre separatista na prov�ncia franc�fona de Quebec.

Em 1964, em sua primeira visita como rainha do Canad�, uma multid�o "n�o muito convidativa" a esperava do lado de fora da resid�ncia do vice-governador, escreveu a AFP. "Um grupo de jovens, na cal�ada, virou as costas".

As manifesta��es de grupos separatistas foram duramente reprimidas.

Em 1990, enquanto o pa�s passava por uma nova crise constitucional ligada ao Quebec, a rainha fez um discurso no Parlamento escrito por ela e seus assessores pr�ximos e n�o pelo governo canadense, como manda a tradi��o.

"Espero sinceramente que os canadenses se unam e permane�am juntos, em vez de insistir em diferen�as que s� ir�o semear novas sementes de divis�o", disse.

- 1965: ao p� do muro de Berlim -

Em 27 de maio de 1965, mais de um milh�o de berlinenses foram receber a rainha durante sua visita de seis horas � cidade dividida.

"Com sua presen�a e o entusiasmo que desencadeou, Elizabeth II, apesar das repetidas afirma��es do outro lado do muro, confirmou que Berlim Ocidental pertence � fam�lia ocidental", escreveu a AFP.

Em frente ao muro, o carro da soberana parou por cerca de tr�s minutos.

"Ao contr�rio de outros convidados ilustres, Elizabeth II n�o deixou seu assento para subir � plataforma que permite ver o que acontece em Berlim Oriental, o que teria sido indigno da rainha", descreveu o jornalista.

Em seu discurso, ela "n�o gritou 'sou berlinense'" como John F. Kennedy fez em 1962 no mesmo local.

"Mas uma rainha n�o opera por lemas e a densidade da multid�o em uma viagem total de 36 quil�metros, o calor dos aplausos, n�o deixou nada a invejar � memor�vel visita do presidente Kennedy", assegurou a ag�ncia.

- 1977: Irlanda do Norte, apesar do conflito -

Em 1977, a rainha comemorava o 25� anivers�rio de sua coroa��o e queria viajar para a Irlanda do Norte, dividida nos oito anos anteriores pelo conflito entre protestantes unionistas e cat�licos republicanos.

Nos dias anteriores � sua chegada, objetos incendi�rios causaram centenas de milhares de libras em danos em Belfast.

Para proteger a rainha, acompanhada pelo pr�ncipe Philip e seus dois filhos mais novos, um esquema de seguran�a impressionante foi instalado, incluindo um destr�ier com m�sseis.

Mais de 32.000 policiais e militares foram mobilizados na "Opera��o Monarca".

Em 11 de agosto, a rainha visitou a Universidade de Coleraine, 80 km a noroeste de Belfast. Pouco antes de sua chegada, o IRA afirmou ter plantado uma bomba.

Elizabeth II lan�ou um apelo fervoroso para restaurar a paz, convidando protestantes e cat�licos a acabar com a "viol�ncia sem sentido".

- 1991: Mandela, convidado surpresa -

Em 1991, Nelson Mandela, que acabara de ser libertado da pris�o, foi convidado para a c�pula da Commonwealth em Harare, Zimb�bue.

Era ent�o apenas o l�der do partido do Congresso Nacional Africano, em um pa�s ainda em plena transi��o democr�tica, e n�o tinha o posto para participar do banquete da rainha. Mas ela decidiu quebrar o protocolo e convid�-lo.

Nos dias que antecederam esse gesto altamente simb�lico, Elizabeth II j� havia abandonado suas reservas, congratulando-se com o fato de o apartheid estar "morrendo na �frica do Sul".

No in�cio dos anos 1980, a rainha apoiou discretamente o primeiro-ministro canadense Brian Mulroney, que fez campanha por san��es econ�micas � �frica do Sul, �s quais se opunham sua contraparte brit�nica, Margaret Thatcher.


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