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Estado de Minas PARIS

Frappart, Mukansanga e Yamashita: as pioneiras da arbitragem feminina no Catar


19/10/2022 19:00
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St�phanie Frappart, Salima Mukansanga e Yoshimi Yamashita: uma francesa, uma ruandesa e uma japonesa far�o hist�ria no Catar ao serem as primeiras �rbitras a apitar os jogos da Copa do Mundo.

Mulheres acostumadas a quebrar tabus em seus trabalhos e que foram convocadas para arbitrar partidas no maior torneio de futebol do mundo em um pa�s conhecido pela pouca liberdade de g�nero.

As tr�s pioneiras far�o parte de um grupo de 36 �rbitros principais. Al�m delas, a brasileira Neuza Back, a mexicana Karen D�az Medina e a americana Kathryn Nesbitt ser�o assistentes de campo, outra conquista para as mulheres em um meio predominantemente masculino.

"H� v�rios anos elas v�m colecionando atua��es de alto n�vel", parabenizou o consagrado ex-�rbitro italiano Pierluigi Collina, agora presidente do Comit� de Arbitragem da FIFA.

- "A soma" de um bom trabalho -

Para Frappart, de 38 anos, o Mundial � o ponto alto e esperado de um avan�o no universo da arbitragem.

Primeira mulher a apitar partidas no Campeonato Franc�s, Supercopa da Europa, Liga dos Camp�es, segunda divis�o francesa e na final da Copa da Fran�a, a �rbitra de 38 anos j� faz parte do cen�rio de arbitragem europeu.

"Estou muito emocionada porque n�o era algo que eu necessariamente esperava", comemora a francesa que apita regularmente as partidas da Ligue 1 na temporada atual.

Yamashita, por sua vez, tem vivido evolu��o semelhante no Jap�o, ao se tornar a primeira mulher no comando de um jogo da Liga dos Campe�es da �sia, em 2019. Mais um passo em dire��o ao estatuto de arbitragem profissional, licen�a que obteve este ano e que foi suficiente para abandonar sua atividade de professora de educa��o f�sica, que exercia em tempo parcial.

Apitar um Mundial "� uma grande responsabilidade, mas estou feliz por t�-la", disse a japonesa � AFP.

Yamashita descobriu a profiss�o gra�as � insist�ncia de uma colega de faculdade, Makoto Bozono, que a "arrastou" para apitar sua primeira partida e, desde ent�o n�o se separou do apito, lembra ela.

Mukansanga, de 34 anos, foi a primeira mulher a dirigir uma partida da Copa Africana de Na��es, no in�cio de 2022. A ruandesa, que anteriormente sonhava em ser jogadora profissional de basquete, com 20 anos de idade j� apitava partidas do Campeonato Nacional Feminino de futebol em Ruanda.

- Modelos -

A Concacaf est� duplamente representada, com a americana Nesbitt e a mexicana Karen D�az, �rbitra assistente que � s�mbolo de um pa�s no qual a igualdade de g�nero avan�a pouco a pouco, apesar do machismo frequentemente denunciado pelas feministas.

Aos 38 anos, D�az demonstra �s mexicanas que tudo � poss�vel. "O fato de n�s, mulheres, chegarmos a posi��es importantes e de realizarmos nossos sonhos � fruto do nosso trabalho constante, mas tamb�m daquelas que nos abriram as portas pela primeira vez", declarou a �rbitra recentemente.

Ela nunca perde a chance de homenagear seu pai, um "fan�tico" por futebol de quem herdou sua paix�o. "Comecei a jogar aos oito anos", recorda.

Engenheira agr�noma de forma��o, D�az trabalha desde 2016 em jogos da liga mexicana e renunciou a um emprego fixo para ser �rbitra: "Minha chefe me disse: 'Arbitragem ou trabalho'. N�o hesitei nem por um segundo. Disse que preferia a arbitragem, embora isso significasse perder uma renda est�vel".

- "Sinal forte da Fifa" -

Mas para estas seis pioneiras, n�o � quest�o de buscar protagonismo ou de a quest�o de g�nero em primeiro lugar.

"Vou fazer todo o poss�vel para real�ar a beleza do futebol. N�o me interessam nem o poder, nem o controle", declarou em entrevista � Yamashita h� alguns meses.

St�phanie Frappart n�o se cansa de repetir: "Desde 2019 e do primeiro jogo que fiz na Supercopa da Europa, as �rbitras fazem parte do panorama do futebol masculino. J� n�o � uma quest�o de g�nero, mas sim de compet�ncia", diz a francesa, admirada por sua diplomacia e sua firmeza nos campos.

Mas n�o deixa de ser marcante entrar para a hist�ria do futebol e fazer isso no Catar, um pa�s criticado com frequ�ncia pelo papel reservado � mulher em sua sociedade.

"� tamb�m um sinal forte da Fifa e das organiza��es para que as mulheres arbitrem nesse pa�s. Eu n�o sou porta-voz feminista, mas se isto pode fazer as coisas avan�arem...", avalia Frappart, consciente de "desempenhar um papel" de modelo para toda uma gera��o de futuras �rbitras.


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