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Estado de Minas GUERRA NA UCR�NIA

Guerra R�ssia x Ucr�nia: as condi��es de Putin para negociar paz no conflito

O Kremlin diz que recusa de Estados Unidos e Europa em reconhecer a anexa��o de terras ucranianas torna negocia��es mais dif�ceis.


02/12/2022 15:06 - atualizado 02/12/2022 20:43

Vladimir Putin
Vladimir Putin anexou ilegalmente quatro regi�es da Ucr�nia no final de setembro (foto: Getty Images)

O presidente dos EUA, Joe Biden, indicou que estaria pronto para se encontrar com Vladimir Putin, mas a R�ssia afirma que a recusa dos americanos e da Europa em reconhecer territ�rios tomados da Ucr�nia torna as negocia��es de paz mais dif�ceis.

O Kremlin disse estar aberto a negocia��es, mas n�o � exig�ncia de sair da Ucr�nia.

A R�ssia anexou ilegalmente quatro regi�es ucranianas no final de setembro, mesmo sem controlar nenhuma delas. Nove meses ap�s a invas�o, perdeu mais da metade das terras que conquistou.

Biden disse na noite de quinta-feira (1/12) a jornalistas que est� pronto para se encontrar com o l�der russo "se de fato houver interesse dele em decidir que est� procurando uma maneira de acabar com a guerra".

Ao lado dele na Casa Branca, o presidente franc�s, Emmanuel Macron, deixou claro que os dois l�deres concordaram que nunca pressionariam os ucranianos a fecharem um acordo "que n�o seja aceit�vel para eles".

A aparente agita��o da atividade diplom�tica seguiu meses com poucos sinais de entusiasmo por negocia��es. Os militares russos foram for�ados a recuar no sul da Ucr�nia enquanto lan�avam ataques generalizados � infraestrutura civil.


Joe Biden e Emmanuel Macron
Biden fez seus coment�rios sobre poss�veis negocia��es com o l�der da R�ssia ao lado do presidente franc�s, Emmanuel Macron (foto: EPA)


Na sexta-feira (2/12), o chanceler alem�o, Olaf Scholz, falou com o presidente Putin pela primeira vez desde setembro.

Durante a liga��o de uma hora, o l�der alem�o pediu ao russo que encontrasse uma solu��o diplom�tica envolvendo a retirada das tropas russas da Ucr�nia "o mais r�pido poss�vel".

O Kremlin disse que o lado alem�o pressionou pelo telefonema, e Putin pediu a Scholz que "reconsiderasse suas abordagens no contexto dos eventos ucranianos".

Putin chamou aten��o para a "linha destrutiva dos Estados ocidentais, incluindo a Alemanha" e rejeitou completamente a ideia de negocia��es, informou o Kremlin.

O porta-voz russo Dmitry Peskov disse a jornalistas anteriormente que Putin permaneceu aberto a negocia��es destinadas a "garantir os interesses" russos. Mas Moscou certamente n�o est� disposta a aceitar as condi��es dos EUA. "O que o presidente Biden disse de fato?

Ele disse que as negocia��es s� s�o poss�veis depois que Putin deixar a Ucr�nia", afirmou.


'Nada de concreto'


O fato de que os EUA n�o reconhecem "novos territ�rios" russos na Ucr�nia complicou a busca por uma base comum para as negocia��es, disse Peskov.

No fim de setembro, Putin declarou quatro regi�es ucranianas como parte da R�ssia. For�as russas ocupam a maior parte de Luhansk, no leste da Ucr�nia, mas a invas�o de Donetsk estagnou e os russos est�o em desvantagem em Kherson e Zaporizhzhia, no sul.

Antes da liga��o entre Scholz e Putin na sexta-feira, o ministro das Rela��es Exteriores da R�ssia, Sergei Lavrov, reclamou que os pa�ses europeus n�o ofereceram nada de concreto at� agora em termos de media��o.

"Macron, a prop�sito, tem afirmado regularmente nas �ltimas duas semanas que planeja uma conversa com o presidente russo", disse ele, acrescentando que a R�ssia n�o recebeu nenhum sinal por meio dos canais diplom�ticos.

Lavrov citou o ex-secret�rio de Estado dos EUA, John Kerry, como o tipo de figura que no passado foi capaz de resolver problemas e se engajar em um verdadeiro di�logo.

O ministro das Rela��es Exteriores da It�lia, Antonio Tajani, disse na sexta-feira que chegou a hora de trabalhar por uma paz justa para a Ucr�nia, mas que ela deve vir por meio da independ�ncia de Kyiv e n�o de sua rendi��o.

"O Kremlin agora deve dar sinais concretos em vez de bombardear a popula��o", disse Tajani ao jornal La Repubblica.


O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, visitou uma ponte bombardeada em Irpin, além do local de uma vala comum de civis
O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, visitou uma ponte bombardeada em Irpin, al�m do local de uma vala comum de civis (foto: Sarah Rainsford/BBC)


Enquanto isso, em uma visita � Ucr�nia, o arcebispo de Canterbury (l�der religioso da Igreja da Inglaterra), Justin Welby, disse que n�o pode haver paz at� que a R�ssia pare de mentir sobre o que est� fazendo na Ucr�nia.

Falando em Bucha, onde as tropas russas s�o acusadas de cometer crimes de guerra com o massacre de centenas de civis, ele disse que "n�o pode haver nenhum progresso com base em mentiras. Atrocidades foram cometidas aqui".

Um alto funcion�rio ucraniano disse que entre 10 mil e 13 mil soldados do pa�s foram mortos desde o in�cio da invas�o russa em 24 de fevereiro.

Nem a Ucr�nia nem a R�ssia tendem a divulgar n�meros de baixas, e as declara��es do conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak n�o foram confirmadas pelos militares ucranianos.

No m�s passado, o general mais graduado dos EUA, Mark Milley, disse que cerca de 100 mil soldados russos e 100 mil ucranianos foram mortos ou feridos desde o in�cio da guerra.

Falando � TV ucraniana, Podolyak disse que Kyiv estava "falando abertamente sobre o n�mero de mortos". Ele acrescentou que o n�mero de civis mortos pode ser "significativo" e sugeriu que at� 100 mil soldados russos foram mortos desde a invas�o.

Em um v�deo na quarta-feira, a chefe da Comiss�o da Uni�o Europeia, Ursula von der Leyen, disse que 100 mil soldados ucranianos foram mortos. No entanto, um porta-voz da comiss�o esclareceu posteriormente que isso foi um erro, e o n�mero se referia aos mortos e feridos. Von der Leyen tamb�m falou de 20 mil mortes de civis ucranianos.


Reportagem adicional de Elsa Maishman e Jaroslav Lukiv

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63841200


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