
"Uma comiss�o est� trabalhando para investigar as circunst�ncias do que ocorreu. Mas � �bvio que a principal raz�o foi o fato de celulares terem sido ligados e usados, de forma massiva, pelos militares dentro do alcance de armas inimigas, ao contr�rio da proibi��o", declarou o tenente-general russo Sergei Sevryukov. "Foram tomadas as medidas necess�rias para evitar tr�gicos incidentes no futuro. Os respons�veis ser�o responsabilizados", assegurou.
O Estado-Maior da Ucr�nia reivindicou a autoria do bombardeio. Por sua vez, o Departamento de Comunica��es Estrat�gicas do Ex�rcito de Kiev apontou um n�mero de v�timas russas bem maior, de cerca de 400 mortos e 300 feridos - n�meros n�o reconhecidos por Moscou.
Esse foi o maior n�mero de v�timas em um �nico ataque reconhecido por Moscou desde o in�cio de sua ofensiva, em 24 de fevereiro, e se sucede a uma s�rie de derrotas militares. Segundo a imprensa russa, os mortos eram recrutas, ou seja, soldados n�o profissionais.
Esse foi o maior n�mero de v�timas em um �nico ataque reconhecido por Moscou desde o in�cio de sua ofensiva, em 24 de fevereiro, e se sucede a uma s�rie de derrotas militares. Segundo a imprensa russa, os mortos eram recrutas, ou seja, soldados n�o profissionais.
O incidente aumentou as cr�ticas ao comando militar da R�ssia. No momento em que Moscou enfrenta as repercuss�es do ataque, o presidente franc�s, Emmanuel Macron, prometeu ao colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, a entrega de tanques de fabrica��o francesa para ajudar o Ex�rcito ucraniano em sua contra-ofensiva.
Impunidade
At� ontem, o n�mero de mortos reconhecido por Moscou era de 63. O an�ncio do balan�o revisado provocou uma nova onda de cr�ticas ao comando militar russo. Correspondentes e comentaristas da imprensa de Moscou denunciaram a "incompet�ncia" das For�as Armadas. A chefe da rede RT, o bra�o de propaganda internacional do Kremlin, pediu a publica��o dos nomes dos comandantes russos e "suas responsabilidades".
At� ontem, o n�mero de mortos reconhecido por Moscou era de 63. O an�ncio do balan�o revisado provocou uma nova onda de cr�ticas ao comando militar russo. Correspondentes e comentaristas da imprensa de Moscou denunciaram a "incompet�ncia" das For�as Armadas. A chefe da rede RT, o bra�o de propaganda internacional do Kremlin, pediu a publica��o dos nomes dos comandantes russos e "suas responsabilidades".
"� hora de entender que a impunidade n�o leva � harmonia social. A impunidade leva a novos crimes. E, consequentemente, � dissid�ncia p�blica", publicou Margarita Simonian no Telegram. Nas redes sociais, v�rios russos exigiram uma investiga��o transparente dos fatos.
Segundo o Ex�rcito russo, o ataque foi realizado com sistemas de m�sseis HIMARS, um armamento fornecido pelos Estados Unidos � Ucr�nia que permite ataques atr�s das linhas inimigas. Os correspondentes de guerra russos acusaram os comandantes do pa�s de n�o aprenderem com seus erros e de transferirem a culpa para os soldados.
Luto
Em um evento incomum na R�ssia, onde os poderes p�blicos costumam manter o sil�ncio a respeito das baixas militares na Ucr�nia, cerca de 200 pessoas se reuniram, anteontem, para homenagear os mortos em Samara (centro), de onde eram origin�rios alguns dos soldados falecidos. "� muito dif�cil, � assustador. A dor nos une", declarou Ekaterina Kolotovkina, que lidera um grupo de esposas de militares, na cerim�nia realizada em uma igreja ortodoxa. O presidente russo, Vladimir Putin, n�o reagiu publicamente.
Em um evento incomum na R�ssia, onde os poderes p�blicos costumam manter o sil�ncio a respeito das baixas militares na Ucr�nia, cerca de 200 pessoas se reuniram, anteontem, para homenagear os mortos em Samara (centro), de onde eram origin�rios alguns dos soldados falecidos. "� muito dif�cil, � assustador. A dor nos une", declarou Ekaterina Kolotovkina, que lidera um grupo de esposas de militares, na cerim�nia realizada em uma igreja ortodoxa. O presidente russo, Vladimir Putin, n�o reagiu publicamente.