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Estado de Minas JANDAYRIS

Sobreviventes do terremoto acampam entre ru�nas no noroeste da S�ria


16/02/2023 10:09

Desde que o terremoto destruiu sua casa no noroeste da S�ria, Suzanne Abdullah, uma professora, est� acampada com nove outros membros de sua fam�lia em um pequeno caminh�o a poucos passos de onde costumava ser sua casa.

"Dez de n�s empilhados naquele caminh�o. Dormimos sentados", explica a mulher de 42 anos, com a cabe�a enrolada em um len�o de l� para se proteger do frio.

O terremoto que atingiu a Turquia e a S�ria em 6 de fevereiro, deixando mais de 40 mil mortos, devastou a pequena cidade de Jindayris, na fronteira com a Turquia.

Suzanne n�o encontrou outro ref�gio sen�o o caminh�o do sogro, instalado no meio das ru�nas de uma rua onde quase n�o havia pr�dios de p�. L� dentro, sete filhos - os seus e da cunhada - tomam caf� da manh� com geleia, coalhada e azeitonas.

O beb� de 1 ano e 2 meses de Suzanne dorme em uma rede improvisada que ela fez com um cobertor pendurado no teto.

"Nossa situa��o � muito dif�cil, principalmente porque tenho um beb�. Hoje de manh� a m�o dele estava dormente de frio e coloquei no sol para aquec�-la", explica a m�e.

"Precisamos de um teto, precisamos de ajuda para essas crian�as", acrescenta. A fam�lia empilhou colch�es e cobertores em cima do caminh�o.

Equipes de resgate retiraram mais de 500 corpos dos escombros em Jindayris. O terremoto causou mais de 3.600 mortes em toda a S�ria, segundo um balan�o ainda provis�rio.

At� 5,3 milh�es de pessoas correm o risco de ficar desabrigadas na S�ria ap�s o desastre, alertou um respons�vel da ONU poucos dias ap�s o terremoto.

- Situa��o catastr�fica -

No outro extremo da cidade, Abdel Rahman Haji Ahmad, um funcion�rio p�blico aposentado de 47 anos, construiu uma grande barraca com seus vizinhos em frente �s ru�nas de suas casas.

As mulheres e crian�as dormem l� � noite, enquanto os homens ficam do lado de fora. "N�o h� �gua, n�o h� eletricidade, n�o h� higiene. A situa��o � catastr�fica em toda a cidade", diz este homem de barba grisalha.

Tudo o que resta de sua casa � um tapete colorido e um cobertor, que est�o pendurados nas ru�nas. Na barraca improvisada, erguida �s pressas com lonas e cobertores em um beco cheio de entulhos, o homem abra�a a filha, cercado por outras crian�as da vizinhan�a.

"N�o pensamos no futuro. S� queremos lonas para montar duas novas barracas, e depois veremos", diz.

Nas �reas afetadas, muitas fam�lias continuam dormindo em seus carros. Outras refugiaram-se em escolas ou mesquitas, ou dormem ao ar livre, sob as oliveiras.

Kawthar al Shaqih, de 63 anos, escolheu se instalar em um centro de acolhimento nos arredores de Jindayris com seus filhos e netos. Ela j� havia sido for�ada a deixar sua casa em Homs, cidade no centro da S�ria, pela primeira vez devido aos intensos combates entre rebeldes e o regime de Bashar al-Assad em 2012.

Muitos habitantes do noroeste da S�ria, sob o controle das forma��es rebeldes, s�o deslocados que chegaram de outras regi�es do pa�s quando o governo retomou o controle.

Em uma das barracas brancas ao lado das oliveiras, Kawthar al Shaqih arruma os cobertores e os colch�es no ch�o.

"N�o sabemos para onde ir e ficamos aqui, no frio", confessa esta mulher, que diz ter dormido na rua nos primeiros dias ap�s o terramoto.

"A situa��o est� insuport�vel, n�o sabemos o que fazer. N�o temos dinheiro para comprar uma garrafa de �gua. S� temos a miseric�rdia divina", resume.


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