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Estado de Minas PEQUIM

Qual � a estrat�gia da China na guerra na Ucr�nia?


01/03/2023 11:00

Um ano ap�s o in�cio da invas�o russa na Ucr�nia, a China apresentou uma proposta de solu��o para encerrar o conflito. Esses s�o os principais indicativos de seu crescente papel no confronto.

- Armas para a R�ssia? -

Desde o in�cio dos conflitos, a China apresentou neutralidade, no entanto, manteve rela��es pr�ximas � Moscou.

Empresas estatais do pa�s mais populoso do mundo venderam drones n�o letais e outros equipamentos � R�ssia e Ucr�nia, e Moscou recorreu ao Ir� para conseguir armas.

Mas os Estados Unidos acreditam que isto pode mudar. O secret�rio de Estado, Antony Blinken, afirmou em fevereiro que a China est� "considerando fornecer apoio letal" � R�ssia.

A alega��o foi rapidamente recha�ada por Pequim, que, por sua vez, acusou Washington de "provocar" a guerra com seus envios maci�os de armas ao governo ucraniano.

Embora os EUA n�o tenham apresentado provas concretas desta acusa��o, especialistas disseram � AFP que esta teoria seria parcialmente plaus�vel, j� que uma eventual entrada de Pequim no conflito poderia mudar o cen�rio da guerra.

- Proposta chinesa -

No �ltimo ano, a China recebeu in�meros apelos do Ocidente para condenar a guerra na Ucr�nia, o que n�o foi feito at� o momento.

Apesar disso, Pequim se ofereceu para mediar os conflitos e apresentou, na semana passada, um documento com 12 pontos para alcan�ar a paz, que inclui o respeito � soberania territorial dos dois pa�ses.

A proposta convoca as na��es envolvidas a "apoiar a R�ssia e a Ucr�nia a trabalharem na mesma dire��o e retomarem o di�logo direto o mais r�pido poss�vel".

Contudo, o documento, elogiado pela ONU e R�ssia, foi recebido com ceticismo pelos aliados da Ucr�nia.

O secret�rio-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que Pequim "n�o tem muita credibilidade porque n�o condenou a invas�o ilegal da Ucr�nia".

Para Bonnie Glaser, diretora do Programa para a �sia do German Marshall Fund, o documento � "em grande parte um resumo dos pronunciamentos da China no �ltimo ano", analisou � AFP.

"Pequim ainda afirma que a Otan � a causa da guerra e se recusa a condenar a invas�o russa", disse ela.

- Encontros com aliados de Putin -

Enquanto Pequim defende sua neutralidade, o presidente chin�s, Xi Jinping, se re�ne esta semana com seu hom�logo de Belarus, Alexander Lukashenko.

Sendo um dos poucos aliados confi�veis do presidente russo, Vladimir Putin, Lukashenko poderia dar a Pequim uma atualiza��o sobre a situa��o na Ucr�nia e, possivelmente, influenciar a estrat�gia da China sobre o assunto.

As rela��es econ�micas entre os dois pa�ses vinham se fortalecendo at� que a pandemia e a ofensiva russa atingiram a cadeia produtiva e a economia mundial.

Belarus foi utilizada pela R�ssia como base de retaguarda para a invas�o da Ucr�nia em fevereiro de 2022.

- Di�logo com Zelensky? -

Quando a invas�o russa completou um ano, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, expressou o desejo de se reunir com Xi Jinping para abordar as propostas da China para solucionar o conflito.

"Eu realmente quero acreditar que a China n�o fornecer� armas � R�ssia", disse Zelensky.

No entanto, o Minist�rio de Rela��es Exteriores chin�s n�o deu detalhes sobre um poss�vel encontro deste g�nero, limitando-se a observar que "se mant�m as comunica��es com as partes relevantes".

Zelensky viu com bons olhos a proposta chinesa, assim como o Minist�rio das Rela��es Exteriores da R�ssia.

O presidente ucraniano poderia aproveitar esse encontro para pedir a Pequim que use sua influ�ncia sobre Moscou para resolver o conflito.

Contudo a China n�o deu sinais de tais inten��es, disse � AFP Elizabeth Wishnick, pesquisadora do Weatherhead East Asian Institute.

"Pelo contr�rio, [Xi] est� considerando uma visita a Moscou e est� repetindo a propaganda russa sobre a responsabilidade dos Estados Unidos e da Otan na guerra", disse ela.


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