Biden diz que EUA devem enfrentar o 'bom e o ruim' de sua hist�ria

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfatizou no domingo (5) a import�ncia de conhecer toda a hist�ria do pa�s, tanto lado "bom" quando o "ruim", ao participar do evento que recordou a brutal repress�o, h� 58 anos, de uma marcha pelos direitos civis em Selma, Alabama.

"A hist�ria importa", disse o presidente durante um discurso na ponte Edmund Pettus, onde uma passeata de centenas de ativistas pac�ficos foi violentamente reprimida pela pol�cia em 7 de mar�o de 1965.

O "Domingo Sangrento" foi um catalisador para o apoio � luta dos direitos dos afro-americanos e levou, poucos meses depois, � aprova��o da lei federal que pro�be a discrimina��o racial no exerc�cio do voto.

Os manifestantes "for�aram o pa�s a enfrentar a dura verdade", disse Biden, que acusou a atual oposi��o republicana de tentar "esconder a verdade" da hist�ria.

"N�o importa o quanto algumas pessoas tentem, n�o podemos simplesmente escolher aprender o que queremos saber e n�o o que dever�amos saber", disse Biden, no momento em que o debate sobre como a hist�ria dos Estados Unidos � ensinada nas escolas � cada vez mais intenso.

"N�s devemos aprender tudo. O bom, o ruim, a verdade sobre quem somos como na��o. E todos devem saber a verdade sobre Selma".

Desde 2020 v�rios estados com governos conservadores aprovaram leis para proibir o ensino da "teoria cr�tica da ra�a", uma disciplina acad�mica que pesquisa o racismo sist�mico na sociedade americana.

O governador da Fl�rida, Ron de Santis, considerado por muitos analistas o favorito para conquistar a indica��o presidencial do Partido Republicano em 2024, defendeu recentemente o veto a um curso de estudos afro-americanos no Ensino M�dio, que ele acusou de "doutrina��o".

Biden tamb�m afirmou que o pa�s deve seguir atento na defesa do direito ao voto, ao mencionar que a Lei de Direito ao Voto foi alterada pela Suprema Corte e amea�ada por dezenas de reformas em estados liderados pelos conservadores.

O presidente, que durante a carreira pol�tica teve amplo apoio dos afro-americanos, fez um apelo para que o Congresso aprove uma grande reforma eleitoral, mas a iniciativa foi bloqueada pelos republicanos.