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Estado de Minas SIVERSK

'Lute e vencer�': as hist�rias das mulheres na linha de frente na Ucr�nia


08/03/2023 09:46

Tetiana � volunt�ria em um centro de atendimento a soldados ucranianos feridos em Siversk, no leste do pa�s, a uma dezena de quil�metros do front. Ela chega para o turno com as bochechas cobertas de purpurina, porque tamb�m trabalha como fonoaudi�loga infantil.

Vinte minutos antes de iniciar o trabalho, ministra um curso online de fonoaudiologia.

"� por isso que ainda tenho glitter no rosto", explicou a jovem � AFP, que na "vida real" trabalha como professora e fonoaudi�loga.

Mas na outra faceta da sua vida, marcada pela guerra da R�ssia contra a Ucr�nia, veste um uniforme da Cruz Vermelha, casaco vermelho e pertence a uma brigada que vai de ambul�ncia � procura de soldados feridos e os estabiliza antes de transport�-los para centros de tratamento.

Se os soldados tiverem ferimentos leves, eles s�o tratados no local. Mas se forem graves, devem ser transferidos para cidades maiores, como Kramatorsk, no leste, ou Dnipro, no sul.

No front, cada unidade tem seu pr�prio posto de primeiros socorros, onde est�o m�dicos, anestesistas, cirurgi�es e enfermeiros volunt�rios, todos civis.

Desde a invas�o, muitas mulheres aderiram a essas organiza��es.

"Tenho conhecimentos b�sicos �teis para estabilizar pacientes e transport�-los", explicou Tetiana.

"Talvez eu n�o seja corajosa o suficiente para ingressar no ex�rcito, mas estou fazendo o poss�vel para nos aproximar um pouco mais da vit�ria", acrescentou.

Sua mensagem no Dia Internacional da Mulher �: "Lute e vencer�".

- "Nossas mulheres s�o fortes" -

Na cozinha de um centro de estabiliza��o de outra unidade ao norte de Siversk, a oito quil�metros da linha de frente, Yulia, de 39 anos, e sua irm� Lylia, de 30, preenchem as fichas com os tratamentos.

Yulia � pediatra e diretora do centro, sua irm� mais nova � cirurgi�. Ambas se voluntariaram em mar�o de 2022, poucos dias ap�s o in�cio da invas�o russa.

"Fazemos o atendimento di�rio, principalmente dos pacientes que estavam perto da recupera��o", explica Yulia, que est� vestida com um uniforme camuflado.

"Nos deslocamos muito em fun��o do front, trocamos de lugar com a nossa unidade e agora estamos numa zona bastante perigosa, como podem ver e ouvir. Estamos h� dois meses nesta regi�o", acrescentou a diretora do centro.

Na cidade, onde h� poucos civis, ouve-se os disparos da artilharia ucraniana. Mais longe, na linha da frente, ouve-se tamb�m as poderosas pancadas das for�as de Moscou, que tentam tomar a localidade de Fedorivka, ao norte de Soledar.

Na entrada da cidade, h� um canh�o antia�reo, pronto para ser acionado caso drones russos entrem na �rea.

"Os momentos mais dif�ceis s�o quando vemos soldados mortos (...). A nossa fun��o n�o � s� socorrer os feridos, mas tamb�m examinar e levar os cad�veres para o necrot�rio", explicou.

O parceiro de Lylia � soldado e o marido de Yulia tamb�m, mas desde 2 de junho ele foi dado como desaparecido no front.

"Esperamos que ele seja um prisioneiro", disse sua esposa, contendo suas emo��es.

"Sabemos que nossas mulheres ucranianas s�o fortes e bonitas. � gra�as � sua for�a e beleza e, claro, aos nossos homens, que continuamos vivendo", acrescentou.


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