"Pe�o aos nossos amigos da comunidade judaica do M�xico que nos ajudem para informar, para sensibilizar as autoridades de Israel (...) para que este senhor, como solicita a promotoria, seja enviado ao nosso pa�s", declarou L�pez Obrador em sua coletiva de imprensa di�ria.
"O governo de Israel n�o pode dar prote��o a um torturador", acrescentou o presidente, ao recordar de sua insist�ncia perante a Tel Aviv para que Zer�n responda por essa e outras acusa��es.
Zer�n foi chefe da Ag�ncia de Investiga��o Criminal da Promotoria Geral e um dos encarregados de investigar o desaparecimento dos 43 estudantes de Ayotzinapa (sul), ocorrido em setembro de 2014.
No entanto, ap�s ser acusado de manipular os interrogat�rios e de sequestrar e torturar testemunhas, Zer�n fugiu do M�xico e, em 2020, foi localizado em Israel.
L�pez Obrador acrescentou que mesmo que n�o haja um acordo de extradi��o com o governo de Israel, � poss�vel "encontrar um mecanismo" para que Zer�n seja entregue � justi�a mexicana.
O presidente lembrou que funcion�rios mexicanos viajaram a Israel para tratar do tema e que, em 2021, enviou uma carta ao ent�o primeiro-ministro Naftali Bennett, por�m n�o obteve resposta.
Zer�n � um dos art�fices da chamada "vers�o hist�rica" do caso apresentada em janeiro de 2015 pelo governo de Enrique Pe�a Nieto (2012-2018), rejeitada pelas familiares das v�timas, especialistas independentes e pelo atual governo, pois exclu�a a responsabilidade dos militares.
O ex-policial tamb�m � acusado de desviar 55 milh�es de d�lares de fundos p�blicos.
Os estudantes desapareceram entre a noite de 26 e a madrugada de 27 de setembro de 2014, quando tentavam tomar �nibus na localidade de Iguala (estado de Guerrero, no sul do pa�s) para viajar para a Cidade do M�xico e participar de manifesta��es.
Foram detidos por policias locais e entregues a narcotraficantes do cartel Guerreros Unidos, acusados de cometer os assassinatos.
Segundo a vers�o, os criminosos teriam confundido os jovens com membros de uma fac��o inimiga, por�m uma comiss�o do atual governo que investigou o caso sustenta que os bandidos - em cumplicidade com policiais e militares - buscavam recuperar drogas escondidas em um �nibus tomado pelos alunos, sem que estes soubessem de sua exist�ncia.
At� agora, s� foram identificados os restos de tr�s v�timas e permanece detido o ex-promotor geral Jes�s Murillo Karam, outro dos respons�veis pela "verdade hist�rica".
M�XICO