"Morreu h� algumas horas" em Madri, disse o filho, que tamb�m se chama Jorge Edwards e falou por telefone de Santiago, no Chile. "Foi basicamente a diabetes que progrediu e produziu um estado de sa�de que o levou � interna��o no fim de semana e depois, assim que voltou para casa, ele faleceu", acrescentou.
"Perdemos um romancista excepcional, um ensa�sta corajoso e um jornalista atento a todas as camadas da atualidade. Sentiremos falta de sua vitalidade e moral elevado", escreveu no Twitter o Instituto Cervantes.
Nascido em Santiago em 1931, Edwards estudou na Escola de Direito da Universidade do Chile e fez estudos de p�s-gradua��o na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
Exerceu o cargo de diplomata de carreira entre 1957 e 1973, em Paris, Lima e Havana, destino este que o marcaria de maneira especial. Seu �ltimo posto na diplomacia chilena foi o de embaixador em Paris, entre 2010 e 2014, durante o primeiro mandato do ex-presidente conservador Sebasti�n Pi�era.
Em 1971, Edwards passou tr�s meses na capital cubana para abrir a embaixada do Chile em representa��o do governo de Salvador Allende, um dos primeiros a restabelecer la�os diplom�ticos com o regime de Fidel Castro.
O duplo of�cio de diplomata e escritor permitiu que Edwards estivesse em contato com escritores da ilha, que lhe relatavam o contr�rio da vers�o oficial.
Edwards nunca foi expulso oficialmente, mas deixou Cuba antes do previsto e seguiu para Paris, ap�s ser requisitado por seu amigo Pablo Neruda, o novo embaixador.
SANTIAGO