Os confrontos entre for�as do Estado e grupos armados rebeldes, que tamb�m se enfrentam entre si, deixaram 515 v�timas de "artefatos explosivos" (56 delas fatais) e pelo menos 58.010 deslocamentos for�ados de dez ou mais fam�lias neste per�odo.
Estes s�o os piores n�meros desde que a guerrilha das For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc, marxistas) entregou as armas ao Estado em 2017, ap�s um acordo de paz. Em 2021, os indicadores apontaram, respectivamente, 486 v�timas e 53.000 eventos, segundo o CICV.
"Infelizmente, em 2022 continuou a deteriora��o da situa��o humanit�ria em boa parte do pa�s que notamos desde 2018", assinalou Lorenzo Caraffi, chefe do bra�o do organismo na Col�mbia, durante apresenta��o do documento em coletiva de imprensa.
Cerca de 39.000 pessoas "ficaram confinadas pelo recrudescimento das a��es armadas (...) em seu territ�rio", segundo o relat�rio, que tamb�m registrou 348 casos de desaparecimentos for�ados em 2021.
Em um esfor�o para desativar o conflito de quase seis d�cadas no pa�s, o presidente da Col�mbia, Gustavo Petro (no cargo desde agosto de 2022), lan�ou uma pol�tica de "Paz Total", que prop�e negocia��es pol�ticas com as guerrilhas de esquerda e a sujei��o � lei das quadrilhas de narcotraficantes.
"O CICV sa�da o di�logo de paz entre o governo colombiano e os diferentes grupos armados n�o estatais e espera que isso possa se transformar em fatos concretos que aliviem a popula��o civil", expressou a organiza��o em um boletim.
At� o momento, o governo acordou tr�guas bilaterais com duas fac��es de rebeldes ex-Farc que se distanciaram do hist�rico acordo de paz, e antecipou negocia��es com a guerrilha do ELN, que se recusou a participar deste cessar-fogo.
O pacto de n�o agress�o diminuiu "os enfrentamentos entre os grupos armados e a for�a p�blica (...), o que n�o temos visto � uma diminui��o substancial na luta pelo controle territorial entre os grupos armados", explicou Caraffi.
A principal quadrilha de narcotraficantes da Col�mbia, o Cl� do Golfo, esteve em tr�gua at� o domingo, quando Petro ordenou a retomada das opera��es ofensivas contra o cartel, alegando v�rios descumprimentos do cessar-fogo.
O CICV se declarou "preocupado" com as poss�veis consequ�ncias humanit�rias desta ruptura.
BOGOT�