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Estado de Minas BRAS�LIA

BCB mant�m taxa de juros apesar de press�o do governo


22/03/2023 21:27

O Banco Central do Brasil (BCB) manteve, nesta quarta-feira (22), a taxa b�sica de juros (Selic) em 13,75%, com o objetivo de reduzir a infla��o, apesar das press�es do governo de Luiz In�cio Lula da Silva para reduzir o custo do cr�dito.

O Comit� de Pol�tica Monet�ria do BCB (Copom) informou sua decis�o de deixar a taxa Selic sem mudan�as pela quinta vez consecutiva, mantendo-a assim em um dos n�veis mais altos do mundo.

"Essa decis�o � compat�vel com a estrat�gia de converg�ncia da infla��o para o redor da meta", indicou o Copom em comunicado divulgado ap�s a segunda reuni�o do ano.

Lula, por sua vez, classificou, na ter�a-feira, de "absurdo" o n�vel da taxa Selic que, segundo ele, atrapalha os investimentos.

Para 2023, o Banco Central tem como meta de infla��o um teto de 4,75%, enquanto as proje��es do mercado chegam a 5,85%, segundo o �ltimo boletim Focus da entidade.

A decis�o do comit� coincide com o consenso de uma centena de consultorias e institui��es financeiras ouvidas pelo jornal Valor, que n�o esperavam movimentos na Selic.

Assim, a taxa Selic ficou no mesmo n�vel desde agosto do ano passado, quando acabou o ciclo de alta, iniciado em mar�o de 2021, partindo do m�nimo hist�rico de 2%, estabelecido para impulsionar o consumo em plena pandemia.

J� a infla��o anualizada permaneceu na casa dos dois d�gitos por v�rios meses, mas o indicador cedeu para 5,6% em 12 meses em fevereiro.

- Disputa pelo crescimento -

O Copom garantiu em seu comunicado que a decis�o de manter a taxa tamb�m implica o "fomento do pleno emprego".

Mas, nas �ltimas semanas, o governo vinha aumentando a press�o sobre a autoridade monet�ria para que reduzisse a Selic.

Juros altos encarecem o cr�dito e, em contrapartida, diminuem o consumo e os investimentos.

"Eu vou continuar batendo, eu vou continuar tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros, para que a economia possa ter investimento", afirmou o presidente em uma entrevista ao site Brasil 247.

Lula afirma que os juros altos atrapalham o crescimento, freando os investimentos e a gera��o de emprego, enquanto "temos 33 milh�es de pessoas passando fome".

"S� quem concorda com juros altos � o sistema financeiro, que sobrevive e vive disso e ganha muito dinheiro com especula��es", criticou o presidente.

Mas n�o � s� o governo quem critica a decis�o do Copom. Em nota, a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) classificou de "equivocada" a manuten��o da Selic, assinalando que uma taxa de juros t�o alta � "desnecess�ria para o combate � infla��o e apenas traz custos adicionais para a atividade econ�mica".

Outra entidade a levantar a voz contra a manuten��o da Selic foi a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), cujo presidente, Josu� Gomes da Silva, chegou a classificar o atual patamar da Selic de "pornogr�fico".

No �ltimo trimestre de 2022, o PIB brasileiro caiu 0,2% precisamente por consequ�ncia da taxa de juros, mas registrou um crescimento de 2,9% em estimativa anual (12 meses).

Para 2023, espera-se um crescimento econ�mico ainda mais fraco, de 0,88%, segundo o boletim Focus.

- Incerteza fiscal e piora externa -

O Copom destacou a "incerteza sobre o arcabou�o fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajet�ria da d�vida p�blica" como outro dos fatores que pesaram sobre sua decis�o.

O governo adiou para abril a apresenta��o do aguardado arcabou�o de controle fiscal para substituir a regra que estipulava um limite para os gastos p�blicos, o chamado "teto de gastos" atualmente em vigor.

Sem esse arcabou�o, o mercado teme que gastos p�blicos desenfreados aumentem o endividamento e afetem a economia brasileira.

Al�m disso, o Copom mencionou a crise banc�ria nos Estados Unidos e na Europa, que elevou "a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento", junto com uma infla��o global persistente.

Nesse cen�rio, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumentou, nesta quarta-feira, as taxas de juros de refer�ncia dos Estados Unidos em um quarto de ponto percentual, para a faixa entre 4,75% e 5%, como esperava o mercado.


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