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Estado de Minas DUBAI

Ar�bia Saudita tenta sair do 'atoleiro' da guerra do I�men


26/03/2023 12:00

Oito anos depois de lan�ar sua campanha militar no I�men, a Ar�bia Saudita quer sair do conflito para se concentrar em seus projetos locais, apesar das poucas expectativas de uma paz duradoura.

A monarquia �rabe deu ind�cios disso ao anunciar, este m�s, os planos de retomar seus v�nculos com o Ir�, que apoia os rebeldes houthis do I�men contra o governo respaldado pela Ar�bia Saudita.

Riade promove uma profunda mudan�a social e econ�mica como parte da reforma "Vision 2030" do pr�ncipe herdeiro Mohamed bin Salman, e, ao mesmo tempo, "busca mudar seu enfoque no I�men de uma estrat�gia militar para uma de seguran�a branda e pol�tica", comentou Ahmed Nagi, do International Crisis Group.

Desde que a interven��o militar liderada pela Ar�bia Saudita come�ou em 26 de mar�o de 2015, o reino fez bombardeios a�reos sobre seu vizinho empobrecido, em um conflito que derivou em uma das piores crises humanit�rias do mundo, segundo a ONU.

Centenas de milhares de pessoas morreram, 4,5 milh�es tiveram que abandonar suas casas e mais de dois ter�os da popula��o vive na pobreza, segundo n�meros da ONU.

Nagi assinalou que as "opera��es militares, como os bombardeios a�reos", poderiam cessar, e a prioridade ser� agora uma "solu��o diplom�tica".

A interven��o liderada por Riade se deu depois que os houthis tomaram o controle da capital San� em 2014.

- Mudan�a de imagem -

Uma tr�gua mediada pela ONU que entrou em vigor em abril proporcionou uma forte redu��o nas hostilidades. Apesar de a tr�gua ter vencido em outubro, os combates, em geral, continuam parados.

A prioridade de Riade � proteger sua fronteira e impedir ataques com drones e m�sseis contra suas instala��es petrol�feras, indicam analistas.

"A Ar�bia Saudita negocia com os houthis para alcan�ar acordos que lhe permitam proteger suas fronteiras e preservar sua influ�ncia" nas �reas controladas pelo governo iemenita, assinalou Nagi.

A inten��o da interven��o saudita era proteger os civis dos ataques houthis, reinstalar o governo e impedir que o I�men se transformasse em uma base de for�as apoiadas pelo Ir�.

Contudo, oito anos depois, os rebeldes controlam grandes extens�es do pa�s e comandam um arsenal impressionante de armas utilizadas para atacar a Ar�bia Saudita e os Emirados �rabes Unidos, outro membro da coaliz�o.

Para Riade, isso p�e em perigo um projeto de mudan�a de imagem que tem como objetivo converter o pa�s conservador em um polo de turismo e investimentos.

O reino est� construindo a cidade futurista de NEOM, avaliada em 500 bilh�es de d�lares (cerca de 2,6 trilh�es de reais), e numerosos resorts e atra��es tur�sticas.

- Lavar as m�os -

O di�logo n�o oficial com os houthis chegou a um potencial "entendimento" que poderia abrir caminho para um papel reduzido do Ex�rcito saudita antes do di�logo entre iemenitas promovido pela ONU, segundo um analista que acompanha o conflito e pediu para n�o ser identificado.

"Eles querem passar, de alguma maneira, de um entendimento saudita-houthi para poder entreg�-lo a um processo mais amplo da ONU", assinalou.

Os sauditas "querem lavar as m�os da situa��o" e evitar responsabilidades por novos conflitos no futuro", acrescentou.

Um funcion�rio saudita, que tamb�m falou em condi��o de anonimato, disse que seu pa�s "n�o vai tolerar nenhuma amea�a" � sua seguran�a, ao mencionar a extensa fronteira com o I�men.

"O Ir� pode e deve ter um papel maior para promover isso, esperamos que o fa�a", acrescentou o funcion�rio, que confirmou as negocia��es com os houthis para retomar o di�logo de paz mediado pela ONU.

"Vimos algum progresso e queremos construir sobre isso para alcan�ar uma paz duradoura que propicie uma solu��o pol�tica", assinalou o funcion�rio.

Mas muitos analistas duvidam que os planos de Riade de reduzir seu papel militar tragam paz para o I�men, que permanece profundamente dividido por raz�es religiosas, regionais e pol�ticas.

N�o obstante, a Ar�bia Saudita "decidiu sair do I�men a qualquer pre�o", garantiu um diplomata �rabe em Riade. "Est�o presos em um atoleiro que � muito custoso em todos os n�veis", opinou.


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