Os resultados preliminares "validam a elei��o dos 470 candidatos propostos" para a Assembleia Nacional do Poder Popular, confirmou Alina Balseiro, presidente do CEN em coletiva de imprensa.
Dos 8,1 milh�es de cidad�os habilitados a votar, 6,1 milh�es compareceram, "representando 75,92% das c�dulas eleitorais", explicou.
A absten��o era a �nica preocupa��o nesta elei��o, sobretudo pelo interesse da dissid�ncia, que incentivou a n�o participa��o da popula��o.
O resultado das elei��es foi questionado pela oposi��o, considerada ilegal no pa�s, mas representa um importante aumento em compara��o aos 68,5% que compareceram �s elei��es municipais de novembro de 2022, o menor resultado desde a entrada em vigor, em 1976, do atual sistema eleitoral.
A tend�ncia � absten��o vinha ocorrendo h� anos e foi percebida, tamb�m, nos resultados dos referendos sobre o C�digo da Fam�lia (74,12%), em setembro, e sobre a Constitui��o (90,15%), em 2019.
Em Cuba, onde o voto n�o � obrigat�rio, a maioria dos candidatos s�o membros do Partido Comunista (PCC), o �nico partido legal da ilha.
Nas �ltimas semanas, os 470 candidatos, liderados pelo presidente Miguel D�az-Canel, realizaram uma inusitada e intensa campanha de proselitismo para ouvir as demandas da popula��o.
Os eleitores encontraram duas op��es na c�dula: o nome de cada candidato de seu distrito ou a op��o de votar "por todos", o que implica apoiar os 470.
Segundo Balseiro, 72% ratificaram a op��o de "votar em todos" e apenas 27,90% marcaram diretamente na c�dula o nome do candidato do seu distrito.
- Den�ncia da oposi��o -
O governo fez uma intensa campanha a favor do "voto para todos", argumentando que esta alternativa representaria a unidade da revolu��o e de seu sistema socialista, mas ela tamb�m permitiu que os candidatos chegassem a 50% dos votos v�lidos com mais flexibilidade, requisito para os candidatos serem eleitos.
Enquanto isso, 6,22% dos votos foram anulados e 3,50% ficaram em branco.
A oposi��o, por sua vez, formada pela associa��o dos grupos Observadores de Direitos Eleitorais, Cidad�os Observadores de Processos Eleitorais e Comiss�o Cubana de Defesa Eleitoral (COCUDE), denunciou que as elei��es "foram as mais irregulares de sua hist�ria", enfatizando que "foi desencadeada uma repress�o contra ativistas e observadores que tentaram monitorar o processo".
As elei��es presidenciais, que ocorrem em 19 de abril, ser�o votadas pelos deputados da nova Assembleia. D�az-Canel, o primeiro a assumir o poder no pa�s ap�s os irm�os Fidel e Ra�l Castro, deve concorrer � reelei��o para um segundo e �ltimo mandato.
HAVANA