"O fim de uma longa luta (...), � um imenso al�vio", comemorou Ir�ne Terrel, advogada de sete deles. "A radica��o de mais de 30 anos na Fran�a continua fazendo com que o processo de extradi��o fracasse", disse o advogado Patrice Spinosi.
O Tribunal de Cassa��o negou os recursos do procurador R�my Heitz contra uma decis�o do tribunal de apela��o de Paris, que em junho de 2022 rejeitou a extradi��o invocando o respeito ao direito � vida privada e familiar, e a um processo justo.
Os oito homens e duas mulheres entre 62 e 79 anos encontraram ref�gio nos anos 1980 e 1990 na Fran�a, gra�as ao ent�o presidente Fran�ois Mitterrand, que prometeu n�o extradit�-los se abandonassem a luta armada.
Mas, em 2021, o atual presidente centrista, Emmanuel Macron, decidiu reverter a promessa do socialista e favorecer a aplica��o das demandas de extradi��o, renovadas pelas autoridades italianas.
"Essas pessoas estiveram envolvidas em crimes sangrentos e merecem ser julgadas em solo italiano", reiterou Macron em junho de 2022.
O ministro da Justi�a italiano, Carlo Nordio, lamentou a decis�o judicial. Ele pediu aos juristas do Estado italiano que investiguem se ainda h� espa�o para recursos e disse pensar em "todas as v�timas deste per�odo sangrento e seus familiares".
Os "Anos de Chumbo" marcaram a hist�ria da It�lia sobretudo pelos ataques e a��es das Brigadas Vermelhas, incluindo o sequestro e assassinato em 1978 do ent�o ex-primeiro-ministro Aldo Moro.
Essa �poca de lutas sociais violentas, marcada pela atua��o de grupos revolucion�rios de extrema direita e de extrema esquerda, resultou em mais de 360 mortos, milhares de feridos, 10.000 deten��es e 5.000 condena��es.
PARIS