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Estado de Minas PARIS

Justi�a francesa se recusa a extraditar ex-membros das Brigadas Vermelhas para a It�lia


28/03/2023 17:32

O Tribunal de Cassa��o, a mais alta corte francesa, rejeitou definitivamente nesta ter�a-feira (28) a extradi��o para a It�lia de 10 ex-militantes das Brigadas Vermelhas e de outros grupos armados de extrema esquerda por a��es durante os "Anos de Chumbo".

"O fim de uma longa luta (...), � um imenso al�vio", comemorou Ir�ne Terrel, advogada de sete deles. "A radica��o de mais de 30 anos na Fran�a continua fazendo com que o processo de extradi��o fracasse", disse o advogado Patrice Spinosi.

O Tribunal de Cassa��o negou os recursos do procurador R�my Heitz contra uma decis�o do tribunal de apela��o de Paris, que em junho de 2022 rejeitou a extradi��o invocando o respeito ao direito � vida privada e familiar, e a um processo justo.

Os oito homens e duas mulheres entre 62 e 79 anos encontraram ref�gio nos anos 1980 e 1990 na Fran�a, gra�as ao ent�o presidente Fran�ois Mitterrand, que prometeu n�o extradit�-los se abandonassem a luta armada.

Mas, em 2021, o atual presidente centrista, Emmanuel Macron, decidiu reverter a promessa do socialista e favorecer a aplica��o das demandas de extradi��o, renovadas pelas autoridades italianas.

"Essas pessoas estiveram envolvidas em crimes sangrentos e merecem ser julgadas em solo italiano", reiterou Macron em junho de 2022.

O ministro da Justi�a italiano, Carlo Nordio, lamentou a decis�o judicial. Ele pediu aos juristas do Estado italiano que investiguem se ainda h� espa�o para recursos e disse pensar em "todas as v�timas deste per�odo sangrento e seus familiares".

Os "Anos de Chumbo" marcaram a hist�ria da It�lia sobretudo pelos ataques e a��es das Brigadas Vermelhas, incluindo o sequestro e assassinato em 1978 do ent�o ex-primeiro-ministro Aldo Moro.

Essa �poca de lutas sociais violentas, marcada pela atua��o de grupos revolucion�rios de extrema direita e de extrema esquerda, resultou em mais de 360 mortos, milhares de feridos, 10.000 deten��es e 5.000 condena��es.


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