Ministra francesa se defende ap�s aparecer na 'Playboy'

A ministra francesa Marl�ne Schiappa defendeu o direito das mulheres de se despirem, em entrevista pol�mica � revista "Playboy", que lhe rendeu uma onda de cr�ticas na v�spera de sua publica��o.

"Se elas quiserem se vestir de freiras e nunca conhecer homens, a escolha � delas, e elas t�m que ser apoiadas. Se tiverem vontade de posar nuas para uma revista, tamb�m, embora eu o fa�a vestida", declarou Marl�ne na entrevista.

A respons�vel pela �rea de Economia Social e Solid�ria e Vida Associativa, de 40 anos, posou para a capa da revista com um vestido branco longo. Nas 12 p�ginas da entrevista, ela aparece com outros vestidos e s�mbolos de Fran�a.

Marl�ne ressaltou o "ato de emancipa��o" do ensaio de Pamela Anderson para a revista, definiu-se como uma pessoa "direta" e respondeu a perguntas inusitadas, como se a pol�tica "� afrodis�aca". Tamb�m admitiu que foi v�tima de "comportamentos impr�prios" masculinos.

Embora desde a not�cia de sua entrevista � revista de conte�do adulto a funcion�ria tenha defendido que, "na Fran�a, as mulheres s�o livres", a atitude da ministra dividiu o governo.

A ministra da Igualdade, Isabelle Rome, questionou, nesta quarta-feira (5), a idoneidade da revista er�tica em rela��o � defesa dos direitos das mulheres, principalmente porque Marl�ne ocupou o mesmo cargo entre 2017 e 2020.

"Por que escolheu a Playboy para promover os direitos das mulheres quando essa revista � um comp�ndio de todos os estere�tipos sexistas?", questionou Isabelle em entrevista ao jornal "Le Figaro".

No entanto, o porta-voz do governo, Olivier V�ran, havia defendido ontem o que chamou de luta, "�s vezes digressiva", pelos direitos das mulheres travada por Marl�ne, que tamb�m � autora de livros er�ticos.

A maior parte das cr�ticas, como a da primeira-ministra da Fran�a, �lisabeth Borne, concentra-se no momento em que a entrevista foi concedida, em meio a um conflito social na Fran�a, motivado pela reforma do sistema previdenci�rio aprovada pelo governo.

Marl�ne tamb�m � alvo de acusa��es envolvendo um suposto desvio de subs�dios para um fundo contr�rio ao radicalismo criado ap�s a morte, em 2020, de Samuel Paty, professor decapitado por um islamita radical, revelou uma investiga��o dos ve�culos Marianne e France 2.