Na segunda-feira (17), o tribunal criminal de Paris absolveu as duas empresas, estimando que, embora tenham cometido "erros", "n�o foi poss�vel provar (...) nenhum v�nculo causal seguro" com o acidente mais mortal da hist�ria da companhia a�rea francesa.
Mas, segundo a senten�a, os "erros" das empresas aumentaram as chances de ocorr�ncia do acidente, pelo qual s�o "civilmente respons�veis" pelos preju�zos. Uma audi�ncia avaliar� os danos e preju�zos em 4 de setembro.
Em um comunicado, a SNPL France ALPA afirmou que "nove semanas de audi�ncia destacaram as defici�ncias de informa��o e treinamento enfrentadas pelos pilotos, apesar do fato de a fabricante ter identificado o perigo".
Encontradas no Oceano Atl�ntico dois anos depois, as caixas-pretas confirmaram que os pilotos, desorientados por uma falha quando as sondas de velocidade Pitot congelaram no meio da noite, n�o conseguiram impedir a queda do avi�o, que ocorreu em menos de cinco minutos.
Para o SNPL, o tribunal reteve a responsabilidade da Airbus no acidente, considerando que "uma melhor informa��o aos pilotos sobre estes incidentes, os seus sintomas e o procedimento a seguir teria permitido evitar ou superar o efeito surpresa".
"A Airbus e a Air France n�o podem mais, ap�s esta decis�o, continuar negando as faltas cometidas e sua parte de responsabilidade na cat�strofe", acrescenta o sindicato, que espera que o Minist�rio P�blico recorra desta decis�o de absolvi��o.
A trag�dia, ocorrida em 1� de junho de 2009, custou a vida de 216 passageiros de 33 nacionalidades, sendo 61 franceses, 58 brasileiros, dois espanh�is e um argentino, e 12 tripulantes: 11 franceses e um brasileiro.
PARIS