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Estado de Minas GENEBRA

ONU defende priorizar direitos das mulheres e n�o o aumento da popula��o mundial


19/04/2023 08:24

A ONU pediu aos governos nesta quarta-feira (19) que se concentrem em defender o direito das mulheres de dispor livremente de seus corpos, em vez de se preocuparem com o aumento da popula��o mundial, que ultrapassou 8 bilh�es de pessoas.

Em vez de se preocupar se h� pessoas demais na Terra, com previs�o de alcan�ar a marca de 10,4 bilh�es at� o ano de 2080, o mundo deveria se preocupar com as dificuldades das mulheres em exercer seus direitos reprodutivos, destacou o Fundo de Popula��o das Na��es Unidas (UNFPA), especializado em quest�es de sa�de sexual e reprodutiva.

Natalia Kanem, � frente da organiza��o, considera "falso" acreditar que o aquecimento global se deve � prolifera��o de seres humanos em um planeta com recursos limitados.

Ela destaca que os pa�ses com maiores taxas de fertilidade s�o os que menos contribuem para o aquecimento global e, ao mesmo tempo, os que mais sofrem com as suas consequ�ncias.

Em seu relat�rio anual sobre a situa��o da popula��o mundial, o UNFPA observa que a ideia de que a popula��o mundial se tornou excessiva � generalizada.

A organiza��o considera que o fato de ter ultrapassado a marca dos 8 bilh�es de seres humanos na Terra "deve ser motivo de felicita��es", porque demonstra "os avan�os hist�ricos da humanidade nos dom�nios da medicina, ci�ncia, sa�de, agricultura e educa��o".

- �ndia � frente da China -

"A popula��o mundial est� se reorganizando rapidamente", disse Kanem � imprensa. Embora o total atinja n�veis recordes, "a taxa m�dia mundial de fertilidade � a mais baixa de que se tem mem�ria".

A classifica��o dos pa�ses mais populosos do mundo mudar� nos pr�ximos 25 anos, com a �ndia destronando a China como n�mero um.

A �ndia vai alcan�ar 1,428,6 bilh�o de habitantes em meados do ano, superando a marca de 1,425,7 bilh�o da China, de acordo com o UNFPA.

Diante do decl�nio da popula��o da China, depois de encerrar sua r�gida pol�tica do filho �nico em 2016, Pequim disse que estava promovendo "a pol�tica de tr�s filhos por fam�lia com medidas de apoio" e respondendo "ativamente �s mudan�as no desenvolvimento populacional".

Oito pa�ses ser�o respons�veis por metade do crescimento populacional mundial at� 2050: Rep�blica Democr�tica do Congo (RDC), Egito, Eti�pia, �ndia, Nig�ria, Paquist�o, Filipinas e Tanz�nia.

Ao mesmo tempo, dois ter�os da popula��o mundial vivem em pa�ses com baixa taxa de fertilidade. Segundo Kanem, � "a primeira vez na hist�ria da humanidade" que a popula��o n�o aumenta em todos os pa�ses do planeta.

Os pa�ses com a maior taxa de fertilidade est�o todos na �frica: N�ger, Chade, RDC, Som�lia, Mali e Rep�blica Centro-Africana.

As menores taxas s�o observadas na Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura, Macau, San Marino, Aruba e China.

A Europa � a �nica regi�o que registrar� uma queda da popula��o global at� 2050.

A taxa de fertilidade mundial � atualmente de 2,3 filhos por mulher. A expectativa de vida � de 71 anos para os homens e 76 para as mulheres. "Desde 1990, a expectativa m�dia de vida aumentou cerca de dez anos", diz Natalia Kanem.

Um quarto da popula��o mundial tem 14 anos ou menos, 65% tem entre 15 e 64 anos e 10% tem 65 anos ou mais.

- Direitos e elei��es -

O relat�rio pede uma mudan�a radical de pensamento sobre a demografia, concentrando-se nos direitos das mulheres.

O texto confirma que os governos adotam cada vez mais pol�ticas voltadas para o aumento, redu��o ou manuten��o das taxas de fertilidade.

Mas esses esfor�os geralmente s�o ineficazes. Segundo Natalia Kanem, a quest�o n�o � tanto saber se a popula��o mundial � excessiva, mas sim ver se "todos podem exercer o seu direito fundamental de escolher o n�mero de filhos" e o per�odo entre um nascimento e outro.

A resposta � negativa para 44% das mulheres. Em muitos casos, "elas n�o podem escolher sua contracep��o ou seus cuidados de sa�de, ou decidir se e com quem querem ter rela��es sexuais. Em todo o mundo, quase metade de todas as gesta��es � indesejada".

Natalia Kanem observa nesse sentido que, a cada ano, meio milh�o de meninas entre 10 e 14 anos d�o � luz.


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