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Estado de Minas GUERRA FRIA 2.0

EUA e Coreia do Sul criam grupo para enfrentar Norte em guerra nuclear

Americanos refor�am alian�a iniciada h� mais de 70 anos com o intuito de prote��o a Seul


26/04/2023 13:13 - atualizado 26/04/2023 13:55

Bandeiras da coreia do sul postadas uma após a outra
O evento marca uma nova e perigosa era, consonante com o clima beligerante do mundo atual (foto: Pixabay/Big Heart)

 

S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos e a Coreia do Sul celebraram nesta quarta-feira (26) um acordo expandindo a coopera��o militar entre os pa�ses, reafirmando o guarda-chuva nuclear para proteger Seul e criando um grupo para lidar em conjunto com a eventualidade de uma guerra at�mica contra a ditadura de Kim Jong-un no Norte.


A Declara��o de Washington revisita uma alian�a iniciada h� 70 anos, com o armist�cio da guerra na pen�nsula coreana que op�s o Sul capitalista apoiado pelos EUA ao Norte comunista apoiado por China e Uni�o Sovi�tica — um conflito congelado at� hoje.


O presidente Joe Biden ofereceu recep��o de Estado, a segunda em seu mandato, ao colega sul-coreano Yoon Suk-yeol. "Hoje celebramos uma alian�a f�rrea, a vis�o compartilhada de futuro e uma amizade profunda", disse o americano.



O evento marca uma nova e perigosa era, consonante com o clima beligerante do mundo atual, no qual a Guerra da Ucr�nia mostra a face aguda do confronto geopol�tico maior entre EUA e China. No caso coreano, � o fim da tentativa dos EUA de desnuclearizar a pen�nsula, iniciada com a diplomacia personalista do inst�vel Donald Trump. De 2017 a 2019, o ent�o presidente americano pressionou o "homem-foguete" Kim, amea�ando usar "fogo e f�ria" contra o ditador, mas depois abriu as portas a ele.


Ambos tiveram tr�s encontros pessoais, um deles na famosa Zona Desmilitarizada na fronteira das duas Coreias. No �ltimo, as negocia��es desandaram em Han�i (Vietn�), e desde ent�o houve uma escalada na atividade nuclear do Norte.


Desde o ano passado, testes de m�sseis com capacidades nucleares passaram a ser quase semanais, com novas armas sendo apresentadas. Ningu�m sabe quantas ogivas o regime de Kim tem, talvez 30 na estimativa da Federa��o dos Cientistas Americanos, mas o fato � que hoje Pyongyang � uma pot�ncia nuclear reconhecida.


O plano conjunto prev� o estabelecimento de um Grupo de Consulta Nuclear, que ir� supervisionar a rea��o de ambos os pa�ses em caso de um confronto com o Norte. Segundo o Pent�gono informou a rep�rteres, os EUA n�o ir�o estacionar ogivas at�micas no Sul, como ocorria na primeira Guerra Fria, e Seul se comprometer� a n�o desenvolver armas do tipo.


A medida visa dar um car�ter defensivo � iniciativa, embora passos agressivos estejam previstos. O primeiro ser� tornar a Coreia do Sul um porto frequente para submarinos de propuls�o nuclear lan�adores de m�sseis bal�sticos dos EUA, algo que n�o acontece desde a Guerra Fria.


Leia mais: EUA enviar� submarino nuclear � Coreia do Sul para refor�ar dissuas�o


A ideia � deixar claro a Kim que os americanos ir�o empregar armas de destrui��o em massa caso o ditador fa�a o mesmo. Dissuas�o � moda antiga, em resumo: os EUA t�m o maior arsenal nuclear do mundo, ao lado da R�ssia. Os EUA t�m 28 mil soldados na Coreia do Sul.


Desde que Pyongyang acelerou seu regime de testes de m�sseis, a rivalidade hist�rica entre os aliados americanos Coreia do Sul e Jap�o murchou, com Seul reconhecendo T�quio como parceira comercial priorit�ria e com uma s�rie de exerc�cios militares conjuntos dos pa�ses asi�ticos com Washington.


Na semana passada, as tr�s na��es fizeram um exerc�cio naval de abate de m�sseis advers�rios. A Coreia do Norte chamou a iniciativa de provoca��o. No Indo-Pac�fico, os EUA tamb�m t�m investido em alian�as contra a China como o Quad (com Jap�o, �ndia e Austr�lia) e o pacto militar Aukus (com Austr�lia e Reino Unido).


Segundo o porta-voz de seguran�a nacional da Casa Branca, John Kirby, "n�s acreditamos que (o acordo) ir� sublinhar a alian�a f�rrea entre os EUA e a Coreia do Sul, algo que claramente vai al�m da pen�nsula em si".


A frase � a senha da inser��o da quest�o no embate global com a China, que � com a aliada R�ssia o principal pa�s a apoiar a Coreia do Norte. � uma alian�a inst�vel, dado o car�ter mercurial do misto de imperador absolutista e ditador stalinista que � Kim, mas tem sido renovada no contexto da Guerra Fria 2.0.


Leia mais: Kwichon: o fen�meno que est� 'esvaziando' as grandes cidades da Coreia do Sul


Os chineses t�m aumentado seu investimento em armas nucleares, puxando o aumento do estoque global de ogivas operacionais. Segundo o Pent�gono, o plano de Pequim � passar das atuais 410 bombas para 1.500, mesmo n�vel de armas prontas para uso dos americanos e dos russos.


Kirby afirmou que haver� tamb�m uma amplia��o na coopera��o em outras �reas, como seguran�a cibern�tica, mudan�a clim�tica e tecnologias sens�veis de armamentos.


A Coreia do Sul � foco central no estrat�gico mercado de semicondutores, em que Washington e Pequim est�o em uma disputa acirrada. Empresas sul-coreanas est�o entre as que produzem chips avan�ados, assim como as de Taiwan, a partir de patentes americanas.


A Ucr�nia tamb�m ser� discutida, j� que Yoon tem demonstrado interesse em fornecer armamentos para Kiev se defender da invas�o russa.

 


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