As duas empresas foram julgadas por homic�dios culposos. Em 17 de abril um tribunal de Paris absolveu a companhia a�rea e a fabricante de avi�es de qualquer responsabilidade criminal, por considerar que, embora tenham cometido "falhas", n�o foi poss�vel demonstrar "nenhuma rela��o de causalidade" segura com o acidente.
Ao final do julgamento, que aconteceu de 10 de outubro a 8 de dezembro, a Promotoria do Tribunal Judicial de Paris pediu a absolvi��o das empresas, considerando que era "imposs�vel provar" a culpa.
Na esfera c�vel, o tribunal declarou que as duas empresas s�o "respons�veis civilmente" pelos danos, por considerar que os erros cometidos aumentaram a probabilidade do acidente.
A decis�o provocou indigna��o e incompreens�o entre os parentes das v�timas. Nesta quarta-feira, a Procuradoria-Geral do Tribunal de Apela��o de Paris recorreu contra este pronunciamento.
Com a decis�o, a institui��o busca o "pleno efeito aos recursos previstos na lei" e "submeter o caso a uma segunda inst�ncia de jurisdi��o", afirmou a institui��o em um comunicado.
A decis�o da Procuradoria-Geral de apelar � "incomum", considerando que o MP pediu a absolvi��o das duas empresas durante o julgamento, afirmou � AFP Alain Jakubowicz, advogado de 40 v�timas e da associa��o 'Entraide et Solidarit�'.
Este recurso "era a �ltima oportunidade para as fam�lias das v�timas", insistiu, antes de destacar v�rios "erros no caso".
"Acontecer� um novo julgamento e a determina��o das fam�lias ser� ainda maior. Isto nos d� muita esperan�a", declarou o advogado.
Dani�le Lamy, presidente da 'Entraide et Solidarit�', declarou � AFP que est� "emocionada e satisfeita" com este recurso.
Procurados pela AFP, Simon Ndiaye e Fran�ois Saint-Pierre, advogados da Airbus e da Air France respectivamente, n�o comentaram a not�cia at� o momento.
Em 1� de junho de 2009, o avi�o que operava o voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris caiu no meio da noite enquanto sobrevoava o Oceano Atl�ntico, poucas horas ap�s a decolagem.
A bordo do avi�o, um A330, estavam 216 passageiros de 33 nacionalidades, incluindo 61 franceses, 58 brasileiros. A tripula��o de 12 pessoas era formada por 11 franceses e um brasileiro.
Nos dias seguintes ao acidente foram encontrados os primeiros destro�os do avi�o e alguns corpos. Mas a fuselagem foi localizada somente dois anos depois, a uma profundidade de 3.900 metros.
As caixas-pretas confirmaram que os pilotos, desorientados por uma falha quando as sondas de velocidade Pitot congelaram no meio da noite, n�o conseguiram impedir a queda do avi�o, que ocorreu em menos de cinco minutos.
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