Presidente do Equador ir� ao Congresso para enfrentar processo de impeachment

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, comparecer� perante o Congresso para enfrentar um processo de impeachment, ao qual ser� submetido por suspeita de corrup��o, a pedido de uma maioria da oposi��o que busca destitu�-lo do cargo - informou o ministro de Governo, Henry Cucal�n, nesta quarta-feira (10).

"Ele vai � Assembleia Nacional para defender sua posi��o e demonstrar a verdade", disse o ministro ao canal Ecuavisa, um dia depois de o Parlamento ter decidido - por 88 votos - levar adiante o processo de destitui��o contra ele.

Esta � a segunda tentativa, em menos de um ano, de remov�-lo do cargo.

Em um Legislativo unicameral de uma maioria opositora pulverizada, � necess�rio o apoio de 92 do total de 137 membros para destituir o presidente. Este �ltimo tem, por sua vez, o poder de dissolver o Congresso e convocar elei��es gerais antecipadas.

Um ex-banqueiro de direita que registra uma alta impopularidade, Lasso � acusado de suspeita de peculato, no �mbito de um contrato para o transporte de petr�leo assinado antes de assumir o cargo, h� dois anos.

O ministro Cucal�n refor�ou a posi��o de Lasso, afirmando que "o presidente da Rep�blica n�o cometeu peculato algum".

"At� agora n�o existe qualquer prova. N�o conseguiram provar, porque n�o existe", insistiu.

A Assembleia deve marcar, antes da pr�xima semana, a data do julgamento, que ser� realizado mesmo � revelia. Neste domingo (14), a Casa elege seu novo presidente e dois deputados para completar o atual mandato constitucional de quatro anos.

"Este processo nasceu, se desenvolveu e vai acabar sem prova alguma, sem qualquer argumento e com muitos v�cios", completou o ministro.

A oposi��o liderada pelo movimento de esquerda Revoluci�n Ciudadana - ligado ao ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), hoje instalado na B�lgica - acusa Lasso de peculato na gest�o da estatal Flota Petrolera Ecuatoriana (Flopec), mediante contratos celebrados entre 2018 e 2020.

O presidente � acusado de n�o ter determinado, em seu mandato, o encerramento de um contrato entre a Flopec e o grupo internacional Amazonas Tanker, que inclui companhias russas, apesar de lesar os interesses estatais, provocando perdas de mais de 6 milh�es de d�lares � empresa equatoriana.

O corre�smo � a principal for�a pol�tica no Congresso, com cerca de 50 cadeiras, enquanto o partido governista Criando Oportunidades (CREO) tem cerca de uma dezena.