A nova regulamenta��o inclui, entre outras coisas, a obrigatoriedade de determinadas usinas a carv�o capturarem as suas emiss�es de CO2, em vez de as liberarem para a atmosfera.
Se entrar em vigor, esta ser� a primeira vez que a Ag�ncia de Prote��o Ambiental (EPA) imp�e restri��es �s emiss�es de CO2 das usinas existentes. A produ��o de energia el�tricae � respons�vel por quase 25% das emiss�es de gases do efeito estufa do pa�s.
Assim como uma tentativa anterior do ex-presidente Barack Obama, as regras provavelmente ser�o contestadas nos tribunais.
Elas t�m o potencial de evitar a emiss�o de "mais de 600 milh�es de toneladas de carbono at� 2042", o equivalente �s emiss�es de "metade de todos os ve�culos americanos em um ano", afirmou o diretor da EPA, Michael Reagan. Ele advertiu que implicar�o o fechamento de usinas a carv�o, mas afirmou que ter�o "um impacto insignificante nos pre�os da eletricidade".
De modo concreto, as regras propostas variam dependendo do tipo de usina, seu n�vel de uso ou sua eventual data prevista de fechamento.
A ag�ncia aposta sobretudo em t�cnicas de captura e armazenamento de CO2, ainda pouco difundidas e caras.
O governo aposta no seu desenvolvimento depois de conseguir a aprova��o de uma lei (Inflation Reduction Act, IRA) no ano passado que inclui maiores benef�cios fiscais para as usinas que utilizam essas t�cnicas.
Uma primeira categoria est� relacionada com as usinas t�rmicas que usam turbinas a vapor, particularmente as centrais de carv�o, mas tamb�m de combust�vel. Pelas novas regras, as usinas que planejam continuar ap�s 2040 devem instalar tecnologias que permitam capturar 90% do CO2 emitido a partir de 2030.
Por outro lado, n�o foram impostas restri��es �s usinas de carv�o fechadas at� 2032, ou 2035 para aquelas que operam com menos de 20% da capacidade.
A EPA indica que a instala��o das tecnologias levar� tempo e ser� lucrativa principalmente para as usinas que operam por mais tempo.
- "S�rie de a��es" -
Duas rotas s�o propostas para usinas a g�s que usam turbinas de combust�o: por um lado, a captura de CO2 e, por outro, o hidrog�nio de baixo carbono.
As novas usinas de g�s usadas com forte capacidade devem capturar 90% de seu CO2 at� 2035, ou usar hidrog�nio de baixo carbono em 30% at� 2032 e 96% at� 2039. As mesmas regras ser�o aplicadas para as maiores usinas de g�s j� existentes.
Michael Regan garantiu que essas propostas est�o "100% alinhadas" com os compromissos de Biden, que prometeu produzir eletricidade neutra em carbono a partir de 2035. Elas fazem parte de "uma s�rie de a��es", disse ele.
Em 2015, Obama j� havia anunciado um plano para reduzir as emiss�es de CO2 das usinas, que acabou sendo bloqueado antes de entrar em vigor. No ano passado, a Suprema Corte limitou a capacidade de a��o da EPA.
De acordo com sua decis�o, regras gerais que teriam o efeito de for�ar uma transi��o do carv�o para outras fontes de energia est�o al�m da autoridade da ag�ncia.
As a��es anunciadas nesta quinta-feira seguem a "abordagem tradicional" da EPA para agir sob o "Clean Air Act", disse Regan. "Estamos convencidos de que estamos dentro desses limites", acrescentou.
Antes de serem finalizadas, as novas regras devem passar por um per�odo de debate p�blico.
- T�cnicas ainda confidenciais -
Essas medidas "demonstram que a era da polui��o ilimitada por usinas el�tricas acabou", disse � AFP Dan Lashof, do World Resources Institute, embora lamente que a proposta n�o tenha ido mais longe quando se trata de usinas de g�s.
Al�m disso, alguns grupos ambientais s�o cr�ticos severos das t�cnicas de captura e armazenamento de carbono (CCS). Segundo eles, permitiriam que usinas poluidoras continuem funcionando, em vez de mudarem diretamente para energias renov�veis.
No momento existem apenas 35 locais de captura e armazenamento de CO2 no mundo para processos industriais ou para gera��o de eletricidade, segundo a Ag�ncia Internacional de Energia.
Sua capacidade total de capta��o anual gira em torno de 45 milh�es de toneladas de CO2, quando as emiss�es totais chegam a 37 bilh�es de toneladas por ano no mundo.
Em 2022, cerca de 60% da produ��o de eletricidade dos EUA veio de usinas de g�s (40%) ou carv�o (20%), segundo a ag�ncia americana de informa��o sobre energia, seguidas pela nuclear (18%) e energias renov�veis (21,5%).
WASHINGTON