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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Petrobras encerra alinhamento internacional e reduz pre�os


16/05/2023 17:15
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A Petrobras reduziu os pre�os da gasolina e do diesel nesta ter�a-feira (16), ap�s anunciar o fim de sua pol�tica de pre�os vinculada �s cota��es internacionais, em linha com a inten��o do presidente Lula de evitar preju�zos aos consumidores.

"O an�ncio encerra a subordina��o obrigat�ria ao pre�o de paridade de importa��o [...] tendo em vista a melhor alternativa acess�vel aos clientes", explicou a empresa em um comunicado.

Pouco depois, a Petrobras anunciou, em outra nota, a redu��o, a partir de quarta-feira, de 0,44 centavos no litro de diesel, que passar� a custar 3,02 reais, e tamb�m de 0,40 centavos no litro de gasolina, que custar� 2,78 reais, no pre�o m�dio para as distribuidoras.

A estatal tamb�m disponibilizou um desconto no litro de g�s GLP (de cozinha), quando o frio come�a em v�rias regi�es do pa�s. Assim, o botij�o de 13 kg custar� um pre�o m�dio ao consumidor final de 99,87 reais, segundo o Minist�rio de Minas e Energia.

Em sua campanha presidencial em 2022, Lula prometeu "abrasileirar" os pre�os da Petrobras, dependentes de uma pol�tica que, segundo ele, agradava aos acionistas em detrimento dos brasileiros.

Este mecanismo, implementado desde 2016, consistia em manter a paridade de pre�os do petr�leo e combust�veis derivados com o mercado internacional e a evolu��o do d�lar.

Em janeiro, ap�s tomar posse, Lula designou o ex-senador Jean Paul Prates, homem de sua confian�a, como novo presidente da companhia, com a aprova��o da dire��o. Ent�o, a mudan�a come�ou.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, em coletiva de imprensa em Bras�lia nesta ter�a-feira, que a nova pol�tica vai tornar os pre�os mais atrativos para o consumidor e diminuir o impacto na infla��o.

- Otimismo inesperado -

"Com essa estrat�gia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva", indicou Jean Paul Prates.

"Vamos continuar seguindo as refer�ncias de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas" da empresa, afirmou.

Ao contr�rio do esperado por investidores opositores � interven��o do Estado, as a��es ordin�rias (PETR3) da companhia subiam 3,12% �s 15h30 na Bolsa de S�o Paulo.

O otimismo deve-se ao temor do mercado de que Lula poderia acabar radicalmente com a pol�tica de pre�os vigente, disse Israel Rodrigues, analista do setor de petr�leo da Genial Investimentos.

"O mercado estava esperando uma interven��o mais direta, algo muito pior", informou.

O especialista destaca que a Petrobras deu a entender que, ainda que n�o seja a �nica vari�vel, haver� uma preocupa��o sobre os pre�os internacionais do petr�leo, que atualmente rondam os setenta d�lares o barril (cerca de 343 reais na cota��o atual).

Em coletiva de imprensa ap�s se reunir com o ministro de Minas e Energia, Prates afirmou que n�o h� qualquer interven��o e que a lucratividade e competitividade da companhia est�o garantidas.

Em seu comunicado, a companhia disse que "os reajustes continuar�o sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os pre�os internos da volatilidade conjuntural das cota��es internacionais e da taxa de c�mbio".

Para a analista Bruna Sene, da Nova Futura Investimentos, isso reflete o objetivo da Petrobras de "n�o ter um fluxo t�o vol�til de reajustes a longo do ano".

Por�m, tamb�m "estar�o monitorando eventuais defasagens", afirmou.

- Lucros no alvo -

Em 2022, a petroleira obteve um lucro recorde de pelo menos 36 bilh�es de d�lares (cerca de 176 bilh�es de reais na cota��o atual), beneficiada pelo aumento global dos pre�os de petr�leo.

Apesar da nova estrat�gia de pre�os, os analistas indicam que a Petrobras n�o deixar� de atender sua meta de rentabilidade.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, as altas constantes devido a fatores como a guerra na Ucr�nia, converteram a petroleira em alvo de cr�ticas.

Bolsonaro, que mudou tr�s vezes o presidente da Petrobras, chegou a dizer que os lucros da companhia eram fruto de um "estupro".

Na �ltima quinta-feira, a Petrobras registrou lucro de 7,34 bilh�es de d�lares no primeiro trimestre (cerca de 36 bilh�es de reais na cota��o atual), uma queda de 14,7% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado.

PETROBRAS - PETROLEO BRASILEIRO


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