"� poss�vel que aconte�a um encontro durante a tarde entre o presidente ucraniano e Li Hui", informou � AFP uma fonte do governo ucraniano que pediu anonimato.
O encontro seria a primeira reuni�o p�blica entre Zelensky, que estimula Pequim a pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, e um funcion�rio de alto escal�o do governo chin�s desde o in�cio da invas�o russa em fevereiro de 2022.
De acordo com Pequim, Li Hui, representante especial para Assuntos da Europa e �sia e que j� foi embaixador em Moscou, tem a miss�o de buscar uma "solu��o pol�tica" para o conflito ucraniano.
Depois de Kiev, o emiss�rio chin�s visitar� Pol�nia, Fran�a, Alemanha e R�ssia.
A China, aliada de Moscou, n�o condenou publicamente a invas�o russa da Ucr�nia e apresentou um plano de 12 pontos para o fim da guerra, um projeto recebido com ceticismo pelo Ocidente.
O presidente chin�s, Xi Jinping, se reuniu em mar�o com Putin em Moscou, o que representou um apoio simb�lico e uma demonstra��o de unidade diante do Ocidente.
O vice-ministro russo das Rela��es Exteriores, Andrei Rudenko, afirmou na ter�a-feira que Li Hui visitar� a R�ssia no final do m�s, de acordo com a ag�ncia de not�cias TASS, sem revelar uma data precisa.
- "Fluxo de armas" -
A visita de dois dias a Kiev de Li Hui acontece depois que Zelensky retornou de uma viagem por v�rios pa�ses europeus com a promessa de novas entregas de armas, necess�rias para o in�cio de uma contraofensiva de grande envergadura.
O presidente ucraniano recebeu promessas de envios de m�sseis antia�reos, drones de ataque, blindados leves e abriu o caminho para a entrega de avi�es, um pedido que Kiev repete h� 15 meses.
O presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, anunciou que seu pa�s iniciar� em breve o processo de treinamento de pilotos ucranianos. Reino Unido e Holanda anunciaram que pretendem estabelecer uma "coaliz�o internacional" para ajudar o ex�rcito ucraniano.
O envio de avi�es ocidentais � Ucr�nia, que seriam adicionados �s aeronaves sovi�ticas j� prometidas por Pol�nia e Eslov�quia, seria uma vantagem para a Ucr�nia, mas n�o uma solu��o milagrosa, de acordo com os analistas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, questionado nesta quarta-feira sobre as novas entregas, afirmou que � poss�vel observar "que o fluxo de armas e muni��es para a Ucr�nia est� aumentando e que o n�vel de armas t�ticas e t�cnicas fornecidas tamb�m est� aumentando".
- Bakhmut concentra as aten��es -
No campo de batalha, a Ucr�nia reivindicou pela primeira vez, na ter�a-feira, avan�os territoriais nas imedia��es de Bakhmut, enquanto a R�ssia espera concluir a conquista da localidade ap�s v�rios meses de uma batalha extremamente violenta.
"Nos �ltimos dias, nossas tropas liberaram quase 20 quil�metros quadrados ao norte e ao sul da periferia de Bakhmut", anunciou a vice-ministra da Defesa da Ucr�nia, Ganna Maliar.
O avan�o das tropas ucranianas n�o parece ser a contraofensiva de grande envergadura que Kiev anuncia h� v�rios meses. Zelensky afirmou na semana passada que o pa�s precisa de "um pouco mais de tempo".
A R�ssia afirmou que avan�ou na �rea urbana de Bakhmut, uma cidade que est� devastada pelos combates e que Moscou espera tomar ap�s uma s�rie de derrotas humilhantes.
De acordo com o fundador do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgueni Prigozhin, apenas 1,46 km2 da localidade resiste a seus combatentes, que est�o na linha de frente da batalha.
A conquista de Bakhmut, no entanto, n�o teria grande import�ncia estrat�gica para o futuro da guerra, de acordo com analistas.
KIEV