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Estado de Minas CIDADE DO CABO

Um dos �ltimos suspeitos do genoc�dio de Ruanda comparece � Justi�a


26/05/2023 17:11
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O ex-policial Fulgence Kayishema, preso esta semana na �frica do Sul por seu suposto envolvimento no genoc�dio em Ruanda em 1994, compareceu nesta sexta-feira (26) a um tribunal da Cidade do Cabo, que deve decidir sua extradi��o.

At� sua captura na quarta-feira, Kayishema, de 62 anos, era um dos quatro �ltimos procurados por seu papel no genoc�dio, no qual cerca de 800.000 pessoas, a maioria tutsis, foram assassinadas por extremistas hutus.

O acusado, que estava foragido h� 22 anos, permaneceu impass�vel diante dos magistrados, com um livro de ora��es nas m�os.

Ao chegar ao tribunal, custodiado por agentes protegidos com coletes � prova de bala, negou sua participa��o nos massacres de 1994, em resposta a um jornalista que o questionou a respeito.

"Havia uma guerra civil na �poca e as pessoas se matavam entre si. N�o tive nenhum papel" nesses fatos, afirmou.

Este ex-inspetor de pol�cia, nascido em 1961, dever� responder �s acusa��es de genoc�dio, cumplicidade com genoc�dio, conspira��o para cometer um genoc�dio e crimes contra a humanidade.

Em particular, ele � acusado de ter assassinado, junto com outros indiv�duos, mais de 2.000 homens, mulheres e crian�as refugiadas na igreja de Nyange, no munic�pio de Kivumu, por volta de 15 de abril de 1994.

A pol�cia sul-africana conseguiu captur�-lo na quarta-feira, em uma vin�cola em Paarl, cerca de 60 km da Cidade do Cabo.

Kayishema foi colocado em pris�o provis�ria em uma penitenci�ria de seguran�a m�xima na Cidade do Cabo.

Segundo o Minist�rio da Justi�a da �frica do Sul, que foi contactado pela AFP, ele deve ser extraditado rapidamente para ser julgado em um tribunal internacional, em Haia (Holanda) ou em Arusha, na Tanz�nia.

Muitos ruandeses foram condenados pela Justi�a de seu pa�s, por tribunais internacionais ou de pa�ses ocidentais por fatos vinculados ao genoc�dio de 1994.

Kayishema era alvo de um mandado de pris�o emitido pelo Mecanismo Internacional (MICT), que assumiu, desde 2015, a continuidade dos trabalhos do Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR), criado pela ONU depois do genoc�dio.

At� o momento, o TPIR condenou 62 pessoas. Alguns dos suspeitos, como Augustin Bizimana, considerado um dos principais mentores do massacre, morreram sem prestar contas � Justi�a internacional.


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