"Aparentemente houve justi�amento, e isso n�o pode ser permitido (...) J� est�o a ponto de p�r � disposi��o (capturar) os respons�veis", disse ele, ao responder perguntas em sua coletiva de imprensa matinal.
O mandat�rio esclareceu, por�m, que "esses s�o casos isolados e quando ocorrem s�o punidos". Atribuiu-os a "um excesso de viol�ncia" por parte dos militares.
"N�o h� encobrimento, porque n�s n�o toleramos a viola��o dos direitos humanos", frisou, ao recordar que a Secretaria de Defesa j� iniciou uma investiga��o "pelo suposto crime de execu��o extrajudicial".
O incidente ocorreu em 18 de maio, na cidade de Nuevo Laredo, fronteiri�a com os Estados Unidos, segundo o jornal espanhol El Pa�s e a televis�o americana Univisi�n.
Na noite de ter�a-feira, foi informado que o Minist�rio P�blico iniciou uma investiga��o em coordena��o com a Secretaria de Defesa, o mais alto comando do Ex�rcito.
A procuradoria militar tamb�m abriu uma investiga��o sobre o caso e assegurou que n�o ser� tolerada "impunidade no desempenho dos militares, nem se sobrepor� nenhuma conduta contr�ria ao Estado de direito".
- Colis�o e tiroteio -
As imagens publicadas pelos dois meios de comunica��o mostram, inicialmente, a colis�o violenta de uma caminhonete contra o muro de um supermercado, no que parece ser uma fuga de uma persegui��o. Pouco depois, um ve�culo militar armado bate intencionalmente na caminhonete colidida.
Os militares descem atirando contra o carro, para depois retirar seus ocupantes, que parecem estar tontos pela colis�o. Mais soldados chegam ao local.
Um dos militares chuta e joga um dos supostos criminosos no ch�o, e outro chega para lhe dar uma surra. Depois, s�o arrastados e colocados contra o muro, onde � poss�vel v�-los parcialmente.
Os soldados revistam o ve�culo, e um deles retira uma arma de alto calibre. Logo depois, segundo o relato da Univisi�n e algumas imagens, observa-se como espancam, algemam e vendam os presos.
Na sequ�ncia, os soldados parecem ser alvos de um ataque, ao qual respondem com disparos, ainda que os agressores nunca estejam vis�veis no v�deo. Nenhum militar ficou ferido, segundo o relat�rio oficial.
Simultaneamente, um dos soldados que est� sentado ao lado dos presos, aparentemente para vigi�-los, come�a a atirar contra eles.
Segundos depois, um deles se arrasta como se estivesse fugindo, mas outro soldado aponta-lhe um fuzil. Logo, ele para de se mover.
Momentos depois, observam-se tentativas de alterar a cena do crime, como um soldado que coloca fuzis perto dos corpos dos detidos, e outro, que tira as algemas de um dos abatidos.
Uma ambul�ncia chegou uma hora depois para atender um preso que seguia com vida, mas que morreu a caminho do hospital, segundo a Univisi�n.
O incidente ocorreu na mesma cidade onde, em fevereiro passado, militares balearam um ve�culo, no qual viajavam sete jovens, matando cinco deles. Aparentemente, o grupo sa�a de uma festa. Quatro soldados foram processados por esse caso.
Nuevo Laredo � cen�rio frequente de a��es violentas atribu�das a narcotraficantes.
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