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Estado de Minas HAVANA

Governo da Col�mbia e guerrilha do ELN assinam tr�gua de seis meses


09/06/2023 17:27
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O governo colombiano e o Ex�rcito de Liberta��o Nacional (ELN) assinaram, nesta sexta-feira (9), em Havana, um acordo de cessar-fogo nacional e tempor�rio de seis meses.

"Aqui nasce um novo mundo, aqui acaba uma fase de insurg�ncia armada na Am�rica Latina com seus mitos e realidades", disse o presidente colombiano, Gustavo Petro, durante a assinatura do acordo, na presen�a do l�der m�ximo do ELN, Antonio Garc�a, contra quem havia uma ordem de captura at� esta semana.

Fundado em 1964, o ELN tinha 5.850 combatentes em 2022, segundo autoridades colombianas, e � a guerrilha em atividade mais antiga da Am�rica Latina.

O texto, assinado pelos chefes das negocia��es do governo colombiano, Otty Pati�o, e do ELN, Pablo Beltr�n, contempla "dar cumprimento imediato aos acordos de Cuba", que preveem "o cessar-fogo bilateral nacional e tempor�rio", disse o chanceler cubano, Bruno Rodr�guez, ao ler os pontos do documento.

A assinatura, na qual tamb�m esteve presente o presidente cubano Miguel D�az-Canel, ocorreu no encerramento do terceiro ciclo da Mesa de Di�logos de Paz, iniciado em 2 de maio, em Havana.

Antonio Garc�a, que surpreendeu ao viajar para Havana, foi cauteloso: "N�o assinamos acordos substanciais", apenas "acordos de procedimento", afirmou.

- Processo 'diferente' -

"Este processo de paz tem que ser diferente, temos que ver mudan�as", afirmou o l�der da guerrilha guevarista, inspirada na revolu��o cubana.

Pati�o, negociador do governo colombiano, coincidiu em que "os desafios s�o muitos, mas vale � pena [...] enfrent�-los todos".

O chanceler cubano informou que a quarta rodada de negocia��es ser� realizada em Caracas, na Venezuela, entre 14 de agosto e 4 de setembro.

A �nica tr�gua bilateral pactuada entre as duas partes vigorou por 101 dias entre 2017 e 2018.

O documento assinado nesta sexta prev� a cria��o de "um canal de comunica��o entre as partes atrav�s do representante especial do secret�rio-geral das Na��es Unidas na Col�mbia".

O acordo contempla que, a partir de 3 de agosto, v�o come�ar a "contar os 180 dias de vig�ncia" desta tr�gua, assim como a implementa��o dos protocolos e do mecanismo de monitoramento e verifica��o, que ser�o acordados nos pr�ximos dias.

O secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, cumprimentou o governo da Col�mbia e o Ex�rcito de Liberta��o Nacional.

"Estes s�o passos importantes que d�o esperan�a ao povo colombiano, especialmente �s comunidades mais afetadas pelo conflito", ressaltou a organiza��o em nota.

- Obst�culos -

A �ltima tentativa de negocia��o de paz entre as partes come�ou em 2018, mas foi frustrada um ano depois por um atentado do ELN com carro-bomba contra uma academia de pol�cia, que deixou 22 mortos.

No fim de 2022, Petro, primeiro presidente de esquerda da Col�mbia e ele mesmo um ex-guerrilheiro, impulsionou este processo, iniciado em novembro, na Venezuela, e que prosseguiu em mar�o passado no M�xico.

As negocia��es ficaram na corda bamba no fim de mar�o, devido a um ataque com armas longas e explosivos, que deixou dez militares mortos perto da fronteira com a Venezuela.

Abalada por mais de meio s�culo de conflito armado, a Col�mbia tentou v�rias negocia��es de paz com os grupos armados, muitas delas fracassadas.

Um pacto hist�rico negociado em 2016, em Havana, resultou no desarmamento da poderosa guerrilha das For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc), que virou um partido pol�tico.

A delega��o do ELN voltou em maio a Havana, de onde saiu em setembro de 2022, ap�s a chegada de Petro ao poder. Seu antecessor, Iv�n Duque (2018-2022) reativou em 2019, depois do ataque contra a academia de pol�cia, as ordens de captura contra os negociadores do grupo armado e exigiu sua extradi��o.

Tudo isso ajudou a que o ex-presidente americano Donald Trump inclu�sse Cuba na lista de pa�ses que patrocinam o terrorismo.

"Este presidente da Col�mbia diz ao presidente [americano, Joe] Biden e aos senhores que esse ato [voltar a incluir Cuba na lista] foi uma injusti�a que deve ser reparada", disse Petro durante a cerim�nia.


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