- Apenas uma condena��o em definitivo -
Quase todos os julgamentos terminaram com absolvi��es, ou prescri��es. Berlusconi sempre alegou inoc�ncia e afirmava que era v�tima de persegui��o de magistrados de esquerda, com fins pol�ticos.
A �nica condena��o em definitivo foi pronunciada em 1� de agosto de 2013, quando o Supremo Tribunal confirmou a senten�a de quatro anos de pris�o e seis de inelegibilidade pol�tica por um caso de fraude fiscal vinculado a seu imp�rio de m�dia, Mediaset.
A senten�a acabou sendo reduzida para tr�s anos, ap�s uma anistia, e o restante da pena foi comutado para trabalhos comunit�rios que ele cumpriu em Mil�o em uma casa de repouso. Berlusconi perdeu o mandato de senador em novembro de 2013 e o recuperou em 2022.
Em 2015, um tribunal condenou-o pelo pagamento de suborno de 3 milh�es de euros (15,7 milh�es de reais na cota��o de hoje, a R$ 5,26) a um senador para que abandonasse a fr�gil coaliz�o de centro-esquerda que governou a It�lia de 2006 a 2008, o que contribuiu para a queda do Executivo. A senten�a ainda estava em processo de apela��o quando prescreveu.
- Festas "bunga bunga" -
Em mar�o de 2015, o principal tribunal da It�lia confirmou a absolvi��o de Berlusconi em um caso de abuso de autoridade e de prostitui��o de uma menor de idade.
A corte aceitou os argumentos da defesa de que Berlusconi n�o sabia a idade da marroquina Karima El-Mahgroub, conhecida como "Ruby rouba cora��es", que era menor na �poca dos fatos.
O tribunal tamb�m decidiu que n�o havia provas suficientes para condenar Berlusconi por ter pressionado a prefeitura de Mil�o a libertar a jovem, que foi apresentada de maneira falsa como sobrinha do ent�o presidente eg�pcio, Hosni Mubarak, ap�s um assalto.
Em fevereiro de 2023, ap�s seis anos de audi�ncias, um tribunal de Mil�o absolveu Berlusconi, que havia sido acusado de subornar v�rias jovens para que mentissem sobre suas festas "bunga-bunga", apresentadas por alguns como orgias, mas que o ex-primeiro-ministro sem descreveu como jantares elegantes.
De acordo com o Minist�rio P�blico, o sil�ncio das mulheres custou ao "Il Cavaliere" milh�es de euros entre 2011 e 2015. Grande parte da quantia foi destinada a Ruby, que era menor de idade quando participou das famosas festas. Al�m de dinheiro, ela teria recebido presentes, carros, ou o pagamento de contas e despesas m�dicas.
A defesa de Berlusconi argumentou que o dinheiro era uma compensa��o pelo dano � reputa��o dos envolvidos no caso e afirmou que o ex-primeiro-ministro estava sendo julgado "pelo crime de generosidade".
"Finalmente absolvido depois de mais de 11 anos de sofrimento, inf�mia e danos pol�ticos incalcul�veis, porque tive a sorte de ser julgado por magistrados que permaneceram independentes, imparciais e corretos diante das acusa��es infundadas apresentadas contra mim", reagiu Berlusconi ap�s a absolvi��o.
- V�nculos com a m�fia? -
H� muitos anos, existe a suspeita de que Berlusconi teria v�nculos com a m�fia. Ele foi investigado a respeito, mas nunca foi levado a julgamento.
Seu amigo e s�cio Marcello Dell'Utri, cofundador do partido Forza Italia, foi condenado � pris�o nos anos 2010 por atuar como intermedi�rio entre Berlusconi e a Cosa Nostra, a m�fia siciliana, na d�cada de 1970.
De acordo com o Supremo Tribunal, Dell'Utri fez Berlusconi contratar um membro da Cosa Nostra para administrar os est�bulos em sua mans�o em Arcore, perto de Mil�o.
O tribunal afirmou que o bilion�rio pagou grandes quantias � m�fia durante duas d�cadas para obter prote��o.
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MIL�O
A saga judicial de Silvio Berlusconi
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