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Estado de Minas WASHINGTON

Situa��o das crian�as migrantes desacompanhadas preocupa o Senado dos EUA


15/06/2023 08:16
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Senadores democratas e republicanos dizem estar preocupados com o destino de crian�as migrantes desacompanhadas que chegam aos Estados Unidos, onde podem acabar nas casas de "padrinhos" sem garantias ou exploradas em f�bricas.

Em uma sess�o do comit� jur�dico, os senadores examinaram, na quarta-feira (14), as garantias de seguran�a e bem-estar dos menores migrantes que cruzam a fronteira sozinhos.

De janeiro a abril, mais de 44.000 "menores desacompanhados" entraram nos Estados Unidos vindos do M�xico, de acordo com a Alf�ndega e Prote��o de Fronteiras (CBP); 47% deles chegam da Guatemala, enquanto outros 40% de Honduras e El Salvador, tr�s pa�ses onde a violenta gangue MS-13 recruta jovens e semeia o terror.

Quando s�o detidos pela patrulha na fronteira, ficam sob os cuidados da CBP, que os encaminha para abrigos administrados pelo Escrit�rio de Reassentamento de Refugiados (ORR).

Este escrit�rio, vinculado ao Departamento de Sa�de e Servi�os Humanos, os entrega a "padrinhos", muitas vezes um membro da fam�lia, mas pode ser outra pessoa ou entidade.

- Trag�dia -

Alguns saem sozinhos de seus pa�ses, expondo-se a grandes perigos. Em outros casos, eles viajam com suas fam�lias, geralmente pobres, que se separam deles quando chegam � fronteira, na esperan�a de aumentar suas chances de entrada.

"A trag�dia � que essas crian�as ainda correm perigo" em territ�rio americano, onde "foram for�adas a trabalhar longas horas em condi��es extremamente perigosas", afirmou o senador democrata Dick Durbin.

Desde 2018, o Departamento do Trabalho registrou um aumento de 69% no n�mero de crian�as empregadas ilegalmente, algumas delas com apenas 12 anos.

Alguns menores acordam antes do amanhecer para ganhar a vida como diaristas ou trabalham � noite em matadouros, contou seu colega democrata Alex Padilla, que garante que essa explora��o n�o ocorre nas sombras.

Padilla e o senador democrata John Hickenlooper escreveram a dezenas de executivos de empresas dos EUA em abril para perguntar se estavam cumprindo as leis de trabalho infantil. Receberam "respostas bem escritas, redigidas com cuidado, mas sem muita responsabilidade".

Uma das testemunhas da sess�o, Terri Gerstein, do Centro para o Trabalho e uma Economia Justa da Harvard Law School Brooklyn, pediu para "responsabilizar as empresas" porque, quando esses casos v�m � tona, elas fogem da responsabilidade, colocando-a em terceirizados, fornecedores e ag�ncias de emprego.

Tamb�m recomenda aumentar as san��es e destinar mais recursos ao Departamento do Trabalho.

- "Se soubessem a verdade" -

Esse n�o � o �nico obst�culo. Nos �ltimos anos, pelo menos dez estados propuseram projetos de lei para flexibilizar as normas de trabalho infantil. Arkansas e Iowa j� os aprovaram.

"Se mais pais centro-americanos soubessem a verdade sobre o que seus filhos viveriam, muitos pensariam nisso antes de deix�-los definhar nas m�os de criminosos violentos", disse Anne Basham, fundadora da For�a-Tarefa contra o Tr�fico Humano, que alerta que tamb�m podem ser v�timas de explora��o sexual.

Para proteger aqueles que j� est�o nos Estados Unidos, Lorie Davidson, vice-presidente do Servi�o Luterano de Imigra��o e Refugiados (LIRS), pediu "medidas adicionais de seguran�a antes e depois da entrega de crian�as desacompanhadas a um padrinho". Sobretudo visitas presenciais e o acesso de menores a uma assessoria jur�dica para lidar com processos de expuls�o migrat�ria.

Para Padilla, a raiz de todo o problema � o "sistema migrat�rio fracassado".

"As crian�as que conseguiram chegar aqui est�o em situa��es angustiantes, nas quais provavelmente n�o estariam se seus pais pudessem solicitar asilo legalmente com elas, conforme nossas leis permitem", disse ele.

O republicano Lindsey Graham concorda com a necessidade de resolver o problema, mas discorda do m�todo. "Precisamos mudar nossa pol�tica e tratar esses tr�s pa�ses (Guatemala, El Salvador e Honduras) como se fossem Canad� e M�xico", para onde se expulsa os menores desacompanhados, afirmou.

Graham recomenda que os embaixadores desses pa�ses centro-americanos se re�nam com o comit� jur�dico do Senado. "Estou disposto a ajud�-los a fazer mais", disse ele, mas tamb�m "a puni-los se n�o o fizerem".


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