"A crise clim�tica implica um grande plano Marshall global de investimentos" para obter fundos que "o capital privado daria apenas em uma escala limitada", disse Petro durante a C�pula para um Novo Pacto Financeiro Mundial que vai at� amanh�, na capital francesa.
O objetivo do evento � rever a arquitetura financeira internacional que nasceu com os acordos de Bretton Woods em 1944, quando a prioridade era reconstruir a Europa, para agora adapt�-la aos desafios do s�culo XXI, como a mudan�a clim�tica.
Os pa�ses em desenvolvimento consideram dif�cil ter acesso aos financiamentos do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e do Banco Mundial, necess�rios para enfrentar ondas de calor, secas e inunda��es, assim como para escapar da pobreza.
Para obter "maior receita" para "superar a crise clim�tica", o presidente de esquerda prop�s a ado��o de um imposto "sobre as transa��es financeiras mundiais" e uma "redu��o", e n�o "perd�o", da d�vida p�blica.
"O que propomos � trocar d�vida por a��o clim�tica. A experi�ncia do FMI com a covid d� uma ideia do que se pode fazer hoje, na pr�tica, que � uma emiss�o mundial de Direitos Especiais de Saque (DES)", frisou.
Em 2021, a comunidade internacional concordou com a emiss�o de DESs - uma moeda de reserva do FMI - de US$ 650 bilh�es, dos quais US$ 33 bilh�es iriam para pa�ses africanos (em torno de 3,09 trilh�es de reais e 157 bilh�es de reais, respectivamente, na cota��o de hoje, R$ 4,76).
Os Estados-Membros quiseram ir mais longe, por�m, e esse montante para os pa�ses em desenvolvimento chegou a 100 bilh�es de d�lares (476 bilh�es de reais, na mesma cota��o), redirecionando os direitos correspondentes aos pa�ses ricos. O FMI confirmou nesta quinta-feira que este objetivo foi alcan�ado.
Essas iniciativas "poderiam ser os fatores de grande poder que poderiam impulsionar a alavanca para, agora, sim, ativar uma diminui��o real dos gases de efeito estufa na atmosfera", enfatizou o presidente colombiano.
Petro prop�s a cria��o de um grupo de especialistas que captem os cen�rios para reformar o sistema financeiro mundial, de olho na pr�xima c�pula do clima da ONU, a COP28, marcada para o final do ano em Dubai.
PARIS