"Hoje anunciamos uma abordagem global que expande significativamente as ferramentas do Banco Mundial para preparar a resposta �s crises", disse o indo-americano, no cargo desde o in�cio deste m�s.
A novidade fundamental, disse ele, ser� "oferecer uma pausa no pagamento da d�vida para que os pa�ses possam se concentrar no que importa quando h� uma crise e parem de se preocupar com a conta que ainda est� por vir".
Na pr�tica, a institui��o, com sede em Washington, planeja integrar esta nova cl�usula a seus acordos com os pa�ses mais vulner�veis.
A proposta se aproxima muito de uma ideia promovida pela primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, presente na c�pula de Paris. Ela defende essa pausa no pagamento da d�vida, em caso de uma cat�strofe natural em um pa�s em desenvolvimento, relacionada com o aquecimento global.
Outra medida anunciada pelo chefe da institui��o multilateral, em uma mesa-redonda da qual tamb�m participou a secret�ria do Tesouro americano, Janet Yellen, � oferecer garantias aos pa�ses para a realiza��o de projetos de desenvolvimento.
Em um comunicado, o Banco Mundial anunciou ainda a cria��o de um mecanismo que busca aliviar "as barreiras ao investimento privado nos pa�ses emergentes", de modo a associar esse investimento � luta contra a mudan�a clim�tica.
Promovida pelos Estados Unidos e apoiada por v�rios pa�ses, a reforma das institui��es financeiras internacionais est� em negocia��o desde o final de 2022.
O objetivo � melhorar o seu funcionamento, dando mais poder aos grandes pa�ses emergentes; refor�ar sua efic�cia; e ampliar seus mandatos, integrando claramente a quest�o do financiamento do combate � mudan�a clim�tica.
De acordo com o calend�rio formulado, a reforma deve ficar pronta na pr�xima reuni�o anual do FMI e do Banco Mundial, em outubro pr�ximo, em Marrakech.
O Banco Mundial j� anunciou que aumentar� sua capacidade de financiamento em 50 bilh�es de d�lares (238 bilh�es de reais na cota��o de hoje, a R$ 4,76) nos pr�ximos dez anos.
Em outra mesa-redonda da c�pula de Paris, que termina nesta sexta-feira, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, destacou a necessidade de "uma mudan�a de mentalidade" no funcionamento dos grandes organismos multilaterais.
"Nossos mandatos s�o fundamentalmente os mesmos, mas a forma de aplic�-los muda radicalmente", porque � preciso incluir "a resili�ncia da sociedade, n�o s� do sistema financeiro", e "a resili�ncia do planeta".
"Aprendemos da pior maneira, com a covid-19 (...) que os pa�ses n�o podem investir no combate � pobreza e em seu desenvolvimento" se, ao mesmo tempo, sofrerem "choques" procedentes da "mudan�a clim�tica, de pandemias e de conflitos", afirmou Yellen hoje em Paris.
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PARIS
Banco Mundial amplia instrumentos para facilitar ajuda internacional
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