Pa�ses credores aceitam reestruturar d�vida da Z�mbia

Os pa�ses credores da Z�mbia concordaram em reestruturar a d�vida do pa�s africano, anunciou uma fonte do governo franc�s, � margem de uma c�pula internacional em Paris, nesta quinta-feira (22).

"Hoje houve um acordo" para reestruturar a d�vida de 6,3 bilh�es de d�lares da Z�mbia (em torno de 29,9 bilh�es de reais na cota��o atual), pa�s que, em 2020, declarou morat�ria de pagamento, disse a fonte.

At� agora, as negocia��es estavam travadas por diverg�ncias entre credores ocidentais e chineses.

A diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, j� havia saudado o presidente zambiano, Hakainde Hichilema, durante o dia, em uma interven��o antes da c�pula, na qual destacou uma reestrutura��o "�gil e eficaz".

No final de 2022, a d�vida total da Z�mbia era de 32,8 bilh�es de d�lares, sendo 18,6 bilh�es de d�lares com credores estrangeiros (respectivamente cerca de R$ 171 bilh�es e R$ 97 bilh�es na cota��o da �poca), segundo dados do Minist�rio das Finan�as.

Em novembro do ano passado, os credores de pa�ses vulner�veis concordaram em reescalonar a d�vida do Chade, depois de se reunirem em uma "estrutura comum" sobre reestrutura��es da d�vida sob a �gide do G20.

Esse processo foi criticado, por�m, pela lentid�o resultante da discrep�ncia de interesses de seus participantes.

A reestrutura��o da d�vida externa da Z�mbia diz respeito aos empr�stimos bilaterais, concedidos pelos Estados, no valor de 6,3 bilh�es de d�lares, dos quais 4,3 bilh�es de d�lares s�o devidos somente � China (29,9 bilh�es de reais e 20,4 bilh�es de d�lares, respectivamente, na mesma cota��o), disse a fonte francesa, que descreveu um "dif�cil" processo de negocia��o entre os credores.

Os credores privados, aos quais a Z�mbia deve 6,8 bilh�es de d�lares (aproximadamente 32 bilh�es de reais, na cota��o atual) ter�o que "fazer um esfor�o compar�vel" ao dos pa�ses, acrescentou a fonte, referindo-se a uma cl�usula inclu�da no acordo desta quinta-feira, aprovada tanto pela Z�mbia quanto pelo FMI.

Outro segmento da d�vida externa da Z�mbia corresponde a empr�stimos concedidos pelo FMI, pelo Banco Mundial e por bancos multilaterais de desenvolvimento, que n�o podem ser reestruturados.