Representantes de mais de 100 pa�ses participam desde quinta-feira do encontro, que pretende desbloquear bilh�es de d�lares de dinheiro p�blico e privado, indispens�veis para a transi��o energ�tica e a adapta��o dos pa�ses vulner�veis � mudan�a clim�tica.
As negocia��es t�m a participa��o de quase 40 chefes de Estado e de Governo, incluindo o presidente brasileiro Luiz In�cio Lula da Silva, al�m de representantes da sociedade civil e executivos de bancos regionais de desenvolvimento.
O desafio passa por modernizar o papel das institui��es multilaterais como o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), que segundo o clamor dos pa�ses do Sul devem ser plenamente orientados a suas necessidades na luta contra a mudan�a clim�tica, o combate contra a pobreza, o desenvolvimento humano e a prote��o da biodiversidade.
Mas a confian�a � reduzida entre os pa�ses mais vulner�veis, reunidos no grupo V20 (composto por 58 pa�ses), ap�s uma s�rie de promessas n�o cumpridas por parte das na��es mais desenvolvidas.
O presidente do Qu�nia, William Ruto, declarou � AFP que compareceu � reuni�o "n�o para pedir ajuda" aos pa�ses ricos, e sim para obter uma reforma da arquitetura financeira mundial que permita aos pa�ses em desenvolvimento "participar na solu��o".
Entre as poss�veis medidas est�o o al�vio da d�vida, a amplia��o da capacidade de empr�stimo dos organismos financeiros multilaterais, a mobiliza��o do setor privado e um novo sistema tribut�rio.
Na quest�o da d�vida, alguns gestos foram anunciados na quinta-feira.
Os pa�ses credores de Z�mbia aceitaram reestruturar 6,3 bilh�es de d�lares da d�vida do pa�s africano, que declarou morat�ria em 2020.
E o Banco Mundial afirmou que adotar� novas "ferramentas, como oferecer uma pausa no pagamento da d�vida" em caso de cat�strofes.
O FMI anunciou que alcan�ou o objetivo de redistribuir 100 bilh�es de de d�lares de direitos especiais de saque prometidos aos pa�ses pobres para o desenvolvimento e a transi��o clim�tica.
- "Plano Marshall" de investimentos -
"A crise clim�tica implica um grande plano Marshall global de investimentos", baseado na taxa��o das transa��es financeiras e em "trocar d�vida por a��o clim�ticas", afirmou o presidente colombiano, Gustavo Petro, na quinta-feira.
O imposto sobre as transa��es financeiras � algo muito dif�cil de concretizar na reuni�o de Paris, mas a presid�ncia francesa acredita que existe margem de manobra para promover uma taxa sobre as emiss�es de carbono do transporte mar�timo.
Neste sentido, o presidente franc�s Emmanuel Macron pediu nesta sexta-feira uma "mobiliza��o" para a ado��o de taxas internacionais sobre as transa��es financeiras, as passagens a�reas e o transporte mar�timo, com o objetivo de financiar a luta contra a pobreza a e a mudan�a clim�tica.
A Fran�a expressou a esperan�a de que este ano a promessa dos pa�ses ricos de contribuir com 100 bilh�es de d�lares por ano aos pa�ses em desenvolvimento para ajud�-los na luta contra a mudan�a clim�tica seja finalmente cumprida.
Uma quantia prometida em 2009, que seria atendida com tr�s anos de atraso em rela��o ao prazo previsto de 2020 e que deve ser certificada pela OCDE.
- Lula com Macron -
A reuni�o de Paris tamb�m � marcada por v�rios encontros bilaterais.
O presidente Lula teve quatro reuni�es na quinta-feira, com os presidentes da �frica do Sul e de Cuba, Cyril Ramaphosa e Miguel D�az-Canel, com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e com o presidente da pr�xima reuni�o de c�pula do clima da ONU (COP28), Sultan al Jaber, dos Emirados �rabes Unidos.
Ap�s o fim dos trabalhos do encontro de Paris, Lula almo�ar� com Macron no Pal�cio do Eliseu para conversar sobre a ratifica��o do acordo entre UE e Mercosul.
Uma reuni�o na qual Macron chegar� sob press�o dos agricultores franceses, que exigem um "n�o firme e definitivo" ao acordo em seu formato atual por quest�es de regulamenta��o ambiental e sanit�ria. Ao mesmo tempo, Lula prometeu defender os interesses do agro brasileiro.
PARIS