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Estado de Minas MOSCOU

Prigozhin chega a Belarus e Otan diz estar pronta para se defender de Moscou e Minsk


27/06/2023 22:20
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Belarus anunciou, nesta ter�a-feira (27), a chegada do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, como parte de um acordo que encerrou a rebeli�o na R�ssia, o que levou a Otan a afirmar estar pronta para defender seus membros de "Moscou ou Minsk".

"Vejo que Prigozhin j� est� viajando de avi�o. Sim, efetivamente, hoje est� em Belarus", declarou nesta ter�a-feira (27) o presidente do pa�s, Alexander Lukashenko, em uma declara��o amb�gua � ag�ncia oficial de not�cias Belta.

A m�dia bielorrussa informou que um avi�o privado que pertence a Prigozhin havia aterrissado em Minsk nesta ter�a-feira pela manh�.

O l�der do Grupo Wagner estava desaparecido desde o an�ncio do fim de sua rebeli�o no s�bado � noite, depois de 24 horas de caos nas quais seus homens tomaram bases militares e marcharam do sudoeste da R�ssia, perto da fronteira com a Ucr�nia, em dire��o a Moscou, antes de desistir repentinamente.

Embora as repercuss�es da rebeli�o deste ex-aliado de Vladimir Putin sejam incertas, o Kremlin nega que o presidente russo tenha sa�do enfraquecido da crise, a pior em seus quase 25 anos no poder.

O l�der russo agradeceu nesta ter�a-feira aos militares que, segundo ele, impediram uma "guerra civil".

"Voc�s se opuseram a esses dist�rbios, cujo resultado teria sido inevitavelmente o caos", destacou em uma cerim�nia com militares em Moscou.

Putin respeitou um minuto de sil�ncio em homenagem aos pilotos do Ex�rcito abatidos pelos insurgentes enquanto "cumpriam com honra seu dever".

A rebeli�o levou a sociedade a "se unir em torno do presidente", disse o Kremlin. "O Ex�rcito e o povo n�o estavam do lado" dos amotinados, insistiu Putin.

No entanto, o opositor russo Alexei Navalny, atualmente preso, considerou que a revolta de Wagner demonstra que o poder de Putin � uma "amea�a para a R�ssia".

"� t�o perigoso para o pa�s que mesmo o seu inevit�vel colapso representa uma amea�a de guerra civil", afirmou.

- Desarmar o Grupo Wagner -

O Minist�rio da Defesa da R�ssia anunciou nesta ter�a "preparativos para transferir ao Ex�rcito os equipamentos militares pesados do Grupo Wagner �s unidades ativas das For�as Armadas".

A medida parece ter como objetivo neutralizar o Grupo Wagner, uma mil�cia que, at� agora, atuava sob instru��es do Kremlin na Ucr�nia, S�ria e v�rios pa�ses africanos.

Apesar de as autoridades russas terem negado diversas vezes qualquer rela��o com o Grupo Wagner, Putin afirmou nesta ter�a que o Estado havia "financiado completamente" esse ex�rcito privado, pagando-lhe no ano passado mais de 1 bilh�o de d�lares (aproximadamente R$ 5,2 bilh�es na cota��o da �poca).

Na segunda-feira, o presidente russo havia denunciado a "trai��o" deste grupo, ao mesmo tempo em que assegurou que seus combatentes poderiam se unir ao Ex�rcito, retornar para suas casas ou seguir para Belarus.

Em uma cr�tica velada a Putin, Lukashenko considerou que a rebeli�o foi resultado da m� gest�o das rivalidades entre o Grupo Wagner e o Ex�rcito russo, que aumentaram consideravelmente desde o in�cio do conflito na Ucr�nia.

O mandat�rio bielorrusso tamb�m afirmou que seu pa�s poderia aproveitar "a experi�ncia" dos combatentes do Grupo Wagner que se exilaram no pa�s.

Diante dessas movimenta��es, o secret�rio-geral da Otan, Jens Stoltenberg, advertiu que a alian�a est� preparada para se defender contra qualquer um dos dois pa�ses.

"Enviamos uma mensagem clara a Moscou e Minsk: a Otan est� l� para proteger cada aliado e cada peda�o do territ�rio da Otan", declarou durante um jantar em Haia com sete chefes de Estado ou de governo dos Estados membros da Alian�a.

"N�o h� lugar para mal-entendidos em Moscou ou Minsk sobre nossa capacidade de defender os aliados contra qualquer amea�a potencial", acrescentou.

- Restaurante bombardeado -

Segundo Putin, o levante n�o for�ou a retirada de suas tropas na Ucr�nia, que realizaram um ataque contra a cidade de Kramatorsk (leste), deixando quatro mortos e 47 feridos.

O ataque com foguetes atingiu em particular um restaurante popular nesta cidade, um centro importante para soldados e jornalistas no leste da Ucr�nia.

Entre os atingidos est�o o ex-comiss�rio de paz da Col�mbia Sergio Jaramillo e seu compatriota, o escritor H�ctor Abad Faciolince, que sofreram "ferimentos leves", afirmaram ambos em comunicado.

Os dois estavam no restaurante Ria Pizza juntamente com a jornalista colombiana Catalina G�mez, tamb�m com ferimentos leves, e a escritora ucraniana Victoria Amelina, "em estado cr�tico devido a uma les�o craniana, provavelmente causada pelos vidros e vigas que foram arremessados", explicaram.

Um jornalista da AFP viu uma importante movimenta��o de ambul�ncias, policiais e militares, assim como v�rios moradores reunidos em frente ao restaurante bombardeado.

Coberto de poeira, o cozinheiro Roslan, de 32 anos, disse que, no momento do ataque, "havia bastante gente" no restaurante e apontando para si pr�prio, afirmou: "Tive sorte".

Kramatorsk, cidade de 150 mil habitantes antes da guerra, � o �ltimo grande centro urbano sob controle ucraniano no leste do pa�s e fica a cerca de 30 km da linha de frente.

Com apoio financeiro e de equipamento militar enviado pelas pot�ncias ocidentais, a Ucr�nia lan�ou h� algumas semanas uma contraofensiva para tentar recuperar territ�rios tomados pela R�ssia.

Tamb�m nesta ter�a, os Estados Unidos anunciaram um pacote adicional de US$ 500 milh�es (aproximadamente R$ 2,4 bilh�es na cota��o atual) em armamento para refor�ar a contraofensiva de Kiev, que incluiria cerca de 50 ve�culos blindados e muni��es de precis�o para os sistemas de defesa antia�rea Patriot e de artilharia Himars.

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