A Am�rica Latina, continua o relat�rio, concentrou 18 dos 19 homic�dios de sindicalistas em todo o mundo entre abril de 2022 e mar�o de 2023. A imensa maioria dos assassinatos ocorreu na Col�mbia (15), mas Brasil, El Salvador e Guatemala registraram um sindicalista morto cada.
Desde o lan�amento deste relat�rio anual em 2014, "as viola��es dos direitos dos trabalhadores v�m aumentando em diferentes regi�es" do mundo, critica a principal organiza��o de sindicatos do planeta.
Oitenta e sete por cento dos 149 pa�ses estudados infringiram o direito � greve, 79% violaram o direito � negocia��o coletiva e 77% proibiram os trabalhadores de fundar ou se filiar a um sindicato, segundo a CSI.
Os n�meros s�o muito similares ou inclusive id�nticos aos do relat�rio anterior, que j� eram hist�ricos, com "n�veis recorde" de viola��es denunciadas pelos sindicatos.
Dois pa�ses latino-americanos - o Equador (listado pela primeira vez) e a Guatemala - aparecem entre os dez "piores pa�ses para os trabalhadores", segundo o informe.
A CSI classifica os pa�ses em uma escala de 1 a 5 em fun��o do n�vel de respeito aos direitos dos trabalhadores.
No caso do Equador, o relat�rio cita a morte de cinco pessoas pelas for�as de seguran�a durante uma greve nacional em maio de 2022.
A confedera��o denuncia, ainda, que os protestos multitudin�rios pac�ficos naquele pa�s "se depararam com a viol�ncia policial, deixando muitos feridos ou assassinados".
Na Guatemala houve casos de "amea�as, ataques f�sicos e homic�dios", ao mesmo tempo em que a CSI critica a "fragilidade" do governo para investigar, prevenir e conter a viol�ncia antissindical.
A institui��o tamb�m menciona o homic�dio na Guatemala do sindicalista Hugo Eduardo Gamero Gonz�lez, em agosto de 2022, assim como o fechamento da Winners, empresa de propriedade sul-coreana que demitiu seus funcion�rios para impedir que criassem um sindicato.
- Sindicalistas mortos, direitos violados -
Em muitos pa�ses da Am�rica Latina, inclusive Brasil, Col�mbia, El Salvador, Guatemala e Peru, sindicalistas e trabalhadores sofreram ataques violentos, acrescenta o informe, citando em particular Honduras, onde foram registrados casos de "intimida��o" e "pr�ticas antissindicais".
De acordo com o informe, dos oito pa�ses em todo o mundo onde foram registrados homic�dios de sindicalistas e mortes de trabalhadores em greves e protestos durante o per�odo estudado, seis eram latino-americanos (Brasil, Col�mbia, Equador, El Salvador, Guatemala e Peru) e dois africanos (Essuat�ni e Serra Leoa).
No per�odo documentado, 19 sindicalistas foram mortos em todo o mundo, enquanto em todo o ano anterior foram 17. Al�m das 18 mortes na Am�rica Latina, um �bito foi registrado em Essuat�ni.
Das 86 mortes de trabalhadores e manifestantes em protestos e greves sindicais no mesmo per�odo, 65 ocorreram na Am�rica Latina (60 no Peru e cinco no Equador) e 21 em Serra Leoa.
Al�m de denunciar as autoridades p�blicas, a CSI aponta a cada ano grandes companhias (ou suas sucursais locais) "que violaram os direitos dos trabalhadores, est�o vinculadas a uma viola��o destes direitos ou n�o utilizaram sua influ�ncia para remediar a situa��o".
Constam da lista de 2023 Amazon (Estados Unidos), Apple (Austr�lia), Deliveroo (Pa�ses Baixos), Ikea (Pol�nia), Ryanair (Espanha), Starbucks (Estados Unidos) e Uber (Holanda).
Na Am�rica Latina, o relat�rio menciona empresas como a sucursal do Banco Ita� na Col�mbia, a Companhia Sider�rgica Nacional (CSN) no Brasil e v�rias empresas do Peru, entre elas a sider�rgica Los Quenuales.
Uber
Deliveroo
Starbucks
AMAZON.COM
APPLE INC.
RYANAIR HOLDINGS PLC
PARIS