Divulgado nesta sexta-feira (30) pelo Departamento do Com�rcio, o �ndice PCE, preferido do banco central americano para medir a infla��o, foi moderado em maio, ap�s um aumento inesperado em abril, situando-se em 3,8% em 12 meses, contra 4,3% um m�s antes.
Na medi��o m�s a m�s, a infla��o foi de 0,1%, em linha com o esperado pelos analistas, segundo o consenso do Briefing.com, cifra inferior ao 0,3% de abril.
A Casa Branca saudou no Twitter estas not�cias, que Joe Biden atribuiu aos planos econ�micos do governo, reunidos sob a express�o Bidenomics, com a qual o presidente americano espera atrair eleitores, apesar do seu n�vel baixo de popularidade.
Os mercados saudaram as informa��es com altas do Dow Jones e do Nasdaq. Os aumentos dos juros que o Fed implementou para combater a infla��o prejudicam o mercado de a��es.
Os gastos dos lares tamb�m foram moderados, com um aumento de 0,1% em um m�s, frente a 0,6% entre mar�o e abril. A economia americana "mostrou-se mais s�lida" do que o esperado, apesar das previs�es de recess�o, considerou nesta sexta-feira a secret�ria do Tesouro, Janet Yellen, durante um discurso em Nova Orleans. Ela disse que segue considerando que existe "um caminho para reduzir a infla��o mantendo, ao mesmo tempo, um mercado de trabalho s�lido".
Analistas elogiaram os indicadores. "Os dados de receitas e despesas em maio parecem confirmar que o crescimento do consumo desacelerou fortemente no segundo trimestre, um sinal animador, que indica que o n�cleo de infla��o cede progressivamente", observou Andrew Hunter, da Capital Economics, para quem este panorama d� argumentos aos moderados dentro do Fed.
- Trajet�ria dos juros -
Os dados, revisados pelo Departamento do Com�rcio nesta semana, mostraram um crescimento do PIB americano de 2% no primeiro trimestre em proje��o anual, bem superior � primeira estimativa, de 1,3%. O impulso foi dado pelo consumo e pelas exporta��es.
A expectativa de infla��o entre os consumidores diminui, outro ponto positivo. Segundo a Universidade de Michigan, os americanos esperam 3,3% no fim do ano, frente aos 4,2% na �ltima medi��o. Resta saber se a modera��o no consumo e no aumento dos pre�os encoraja o Fed a manter a pausa nas altas dos juros, iniciada em junho.
O aumento da taxa � uma ferramenta para encarecer o cr�dito e frear o consumo e os investimentos, reduzindo a press�o sobre os pre�os. Mas segundo Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide, "a persist�ncia da infla��o e a resili�ncia do consumo devem manter o Fed com sua ideia" de voltar a aumentar os juros, principalmente porque o n�cleo de infla��o, mais importante para o banco central, segue alto, em 4,6% em 12 meses, com uma queda menos marcada do que o �ndice geral.
O presidente do Fed, Jerome Powell, n�o descartou nesta semana mais dois aumentos dos juros at� o fim do ano, que poderiam ser consecutivos. A pr�xima reuni�o do Fed ser� em 25 e 26 de julho.
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