"Os menores foram enviados aos servi�os encarregados da ajuda social e da inf�ncia" e ser�o objeto de um acompanhamento m�dico e social, enquanto "os adultos ser�o entregues �s autoridades judiciais competentes", explicou o Minist�rio das Rela��es Exteriores em um comunicado.
As adultas, que viajaram voluntariamente para as regi�es controladas por grupos jihadistas na S�ria e no Iraque, "foram entregues �s autoridades judiciais competentes", continuou a pasta.
Das dez mulheres, sete foram imediatamente presas, apontou a promotoria antiterrorista em uma nota. As outras tr�s compareceram ante um juiz ao longo do dia, acrescentou.
Todas t�m entre 23 e 40 anos. As autoridades tamb�m prenderam uma adolescente de 17 anos, parte do grupo de menores.
Milhares de europeus viajaram para a S�ria e Iraque para se unirem �s fileiras do grupo Estado Isl�mico (EI), e, em diversas ocasi�es, levaram suas esposas e filhos para viver com eles.
O retorno desses familiares se converteu em uma quest�o delicada para os pa�ses da Europa desde a queda do autoproclamado "califado" do EI em 2019.
Tanto Espanha, quanto B�lgica, Holanda, Alemanha e Fran�a repatriaram alguns familiares de combatentes do EI, detidos em acampamentos controlados pelas for�as curdas, como os de Al Hol e Roj.
- Temores da popula��o -
Na Fran�a, at� um ano atr�s, aplicava-se uma pol�tica de "caso por caso" para o retorno dessas mulheres e menores.
Mas as autoridades mudaram a normativa e, em julho de 2022, anunciaram o retorno de 16 mulheres e 35 crian�as em uma primeira opera��o.
Desde ent�o houve outras duas repatria��es, em outubro de 2022, de 15 mulheres e 40 menores, e, em janeiro de 2023, de 15 mulheres e 32 crian�as.
Na Fran�a, atingida por violentos atentados jihadistas em 2015, qualquer adulto que viajou e permaneceu na regi�o s�rio-iraquiana est� sujeito a processos judiciais.
Anne-Cl�mentine Larroque, historiadora e especialista em islamismo, argumenta que � necess�rio considerar muitas dessas mulheres como "combatentes" e n�o como meras acompanhantes de seus maridos.
Quanto �s crian�as, a especialista acredita que seu n�vel de doutrina��o depende da idade.
"H� uma grande diferen�a entre um menor que tem quatro anos e volta agora e um que tem 12 ou 13 e foi "filho do califado", explicou.
"Pode-se conhecer o n�vel de impregna��o, o que lhes foi dado ou doutrinado se t�m certa idade porque falam. Mas se s�o muito jovens, isso � algo que ignoraremos", acrescentou.
- �ltima repatria��o? -
O minist�rio franc�s n�o indicou quantas mulheres e crian�as francesas seguiam presas na S�ria.
Uma fonte pr�xima � pasta assegurou, em maio, � AFP que cerca de 80 ainda permaneciam nos campos e n�o queriam voltar.
"Ainda h� uma centena de crian�as nesses campos que n�o conhecem outra coisa al�m de sujeira, arame farpado e viol�ncia", declarou, nesta ter�a, Maria Dos�, advogada que representa as fam�lias de mulheres e crian�as mantidas nos campos do nordeste da S�ria.
O Coletivo de Fam�lias Unidas, que re�ne os parentes de franceses que foram para essa regi�o, teme que essa opera��o seja a �ltima.
Representantes do governo franc�s viajaram ao campo de Roj em maio e falaram com "todas as mulheres francesas", indicou o coletivo, que denuncia condi��es de vida "incompat�veis com o respeito e com a dignidade humana" nos campos.
Durante os encontros, perguntaram a elas "se aceitavam ou n�o ser repatriadas com seus filhos durante uma repatria��o (...) apresentada como a �ltima", assegurou.
PARIS